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Estado de Minas capital da moda

Comércio de vestuário de BH apresenta sugestão de protocolo para reabertura

Empresários se reuniram com o governo municipal para falar sobre a situação do setor, fechado há mais de 120 dias por causa da pandemia do novo coronavírus


postado em 10/07/2020 15:07 / atualizado em 10/07/2020 19:10

Lojas de roupas de BH estão com as portas fechadas por causa do avanço da COVID-19(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A. Press)
Lojas de roupas de BH estão com as portas fechadas por causa do avanço da COVID-19 (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A. Press)

Empresários do comércio de vestuário, representantes de entidades do comércio e secretários municipais de Belo Horizonte, se reuniram de forma virtual nessa terça-feira (7) para debater a situação do comércio de vestuário na capital, fechado há mais de 120 dias.

Um grupo articulado pela especialista em negócios de Moda, Natalie Oliffson, organizou uma sugestão de protocolo específico para a reabertura do setor do vestuário em complemento às normas sanitárias e de higiene já previstas no decreto da PBH.

Os representantes do comércio da moda afirmam que o isolamento social tem gerado fortes consequências como o fechamento de empresas, grande número de demissões e perda de competitividade do setor, tanto com a atividade local do varejo quanto por ser forte polo de empresas e marcas que abastecem o mercado do interior e de todo o Brasil.

O protocolo sugere a proibição do uso dos provadores de roupa e todas as roupas que voltarem da troca, devem ser colocadas em quarentena, para voltar para área de vendas depois de três dias.

“Importante dizer que é uma sugestão de protocolo e que a PBH ficou de avaliar, nos dar uma devolutiva e podemos trabalhar num documento final”, explicou Natalie, que participa do Grupo de Trabalho criado para avaliar essas ações.

“O grupo colocou com muita clareza que é fundamental que o vestuário esteja na primeira fase de retomada, posto que já estamos com 120 dias de fechamento das lojas. Isto com o compromisso por parte dos empresários de se prepararem e se adaptaram para os novos procedimentos”, disse.

Ainda não há previsão de novas reuniões mas a prefeitura sinalizou que deve manter diálogo aberto para a construção conjunta de um protocolo específico para o setor. Segundo Nathalie, o grupo também elaborou uma lista de pontos que devem ser esclarecidos tanto para os empresários quanto para as equipes de fiscalização. O documento foi encaminhado pelo Sindilojas que acolheu a pauta.

Participaram do encontro o secretário Desenvolvimento Econômico, Cláudio Beato; o secretário de Planejamento e Gestão, André Reis; e a secretária de Regulação Urbana, Maria Caldas.

A agenda teve participação do Sindilojas, CDL, Ascobap, Sincateva, ACMinas, AMÉM e Frente da Moda Mineira.

Os empresários solicitaram:
  • a inclusão do setor no próximo grupo de reabertura (considerando que este segmento ainda não teve a oportunidade de abrir);
  • esclarecimentos referentes a fiscalização da Regulação Urbana (os empresários relataram prática dos agentes de fiscalização em desalinhamento com os decretos, e foi solicitado à PBH um documento esclarecendo o que pode e não pode na fase 0;
  • diante da preocupação da PBH em relação ao uso de provadores e ao controle sobre os trâmites de produtos, os empresários afirmaram o compromisso de interdição dos provadores no varejo e do bom manuseio das práticas de circulação de mercadorias.

Capital da moda


Belo Horizonte abriga grandes criadores, grandes marcas e aquele que é considerado o maior salão de negócios de moda do Brasil, o Minas Trend.

Também na capital mineira foi criado o 1º curso de moda do país, e é onde se encontra o único museu municipal de moda do Brasil, o MUMO.

De acordo com o setor, há 20 mil empresas de vestuário nas nove regionais de BH, o que resulta em 28.200 empregos.

Segundo a Associação Mineira de Empresas de Moda (AMEM), são 90 empresas que estão atuantes neste momento de pandemia; mais de três mil empregos diretos e mais de quatro mil indiretos.

De acordo com a Associação Comercial do Barro Preto (ASCOBAP), após 110 dias fechados estima-se que cinco mil empregos foram perdidos e 30% das lojas não devem mais reabrir.


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