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Estado de Minas ANÁLISE

Mandetta: Minas é estado de 'alto desafio' no combate ao coronavírus

Ex-ministro da Saúde afirmou, em entrevista à GloboNews, que a maioria das cidades mineiras são pequenas e não têm leitos, o que obriga o transporte de pacientes entre municípios


postado em 07/07/2020 14:45 / atualizado em 07/07/2020 15:45

(foto: Reprodução/Globo News)
(foto: Reprodução/Globo News)
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou, em entrevista à GloboNews, que Minas Gerais é um estado de “alto desafio” no combate ao coronavírus. O médico analisou que diferentes regiões do país passam por diferentes momentos da epidemia, e Minas tem, segundo ele, dificuldades específicas. “Estamos agora com Minas com transmissão intensa, tanto da capital como da região do interior. São cidades pequenas, mais de 800 municípios. A maioria deles sem leitos de complexidade, sempre tendo que fazer transporte regional”, disse o ex-ministro. 

Mandetta apontou que outra região em que o enfrentamento à COVID-19 é desafiador é o Sul. “Estamos iniciando o inverno no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, sendo que, historicamente, são os nossos piores índices por conta da faixa etária. O Rio Grande do Sul é o nosso estado mais idoso, é o nosso frio mais severo. É um desafio enorme, a Região Sul do Brasil”, argumentou. 
 
Já o Centro-Oeste, na avaliação de Mandetta, é uma “região intermediária”. Ele afirmou que Campo Grande é uma cidade “plana, muito larga” o que não forçaria contato físico, além de possuir boas condições de saneamento. O ex-ministro afirmou que essas são condicionantes que, depois de passada a pandemia, ajudarão a entender como o vírus se comportou em cada região. 
 
Apesar de negar que tenha falado em 150 mil mortes por COVID-19 no Brasil ao final da pandemia, Mandetta disse que é “muito difícil” que o país não ultrapasse os três dígitos (100 mil) em mortalidade. “O ritmo com que vão os números de óbitos é largo”, afirmou, depois de apontar a média de mil mortes diárias. Mandetta voltou a citar sua projeção feita em março, de que a pior fase da crise duraria cinco meses no Brasil. 
 
“O que eu disse na época foi: teremos 20 semanas muito duras pela frente. Isso eu disse em março. 20 semanas significam cinco meses. Que nós passaríamos março, abril, maio, junho, julho e agosto, para em setembro estarmos voltando para uma coisa assim: ‘passamos pelo primeiro ciclo epidêmico e vamos ver se teremos os rebotes de segundo turno’”, relembrou. 
 
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa


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