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Estado de Minas PANDEMIA

Conselheiro de Kalil alerta para aumento de COVID e pede paciência

Segundo integrante do Comitê de Enfrentamento à Epidemia da PBH, ainda estamos longe do fim da crise sanitária. Ele ressalta necessidade de cuidados e pede para as pessoas ficarem em casa


postado em 28/06/2020 20:55 / atualizado em 29/06/2020 06:46

O infectologista Carlos Starling se mostra preocupado com o avanço do novo coronavírus em Belo Horionte(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A. Press)
O infectologista Carlos Starling se mostra preocupado com o avanço do novo coronavírus em Belo Horionte (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A. Press)
Integrante do Comitê de Enfrentamento à Epidemia da COVID-19 da Prefeitura de Belo Horizonte, o infectologista Carlos Starling está preocupado com o atual estágio da doença não só na capital, mas em Minas e no restante do Brasil. Durante participação no “Sempre um papo em casa”, do escritor e gestor cultural Afonso Borges, no início da noite de domingo (28/6), ele fez alerta para que as pessos fiquem em casa, usem máscara se forem sair e se preparem para mais dias de restrição de atividades. 

Apesar do tom descontraído da conversa com o anfitrião, de quem é amigo de longa data, o médico diz que não é hora de relaxar. “Belo Horizonte está se saindo melhor que outras cidades, como São Paulo e Rio, como já havia ocorrido na Gripe Espanhola, mas se não tomarmos cuidado, vamos ter um pico muito alto, com o sistema de saúde não suportando a demanda. Estou cansado, como todos estão, são 100 dias que minhas filhas estão em casa, em que a rotina mudou. Mas não podemos parar de repetir a importância de ficarmos em casa”, afirmou.

Ao lado dos também médicos Jackson Machado Pinto, que é secretário Municipal de Saúde, Estevão Urbano Silva (presidente da Sociedade Mineira de Infectologia) e de Unaí Tupinambás (professor da Faculdade de Medicina da UFMG e doutor em doenças infecciosas e parasitárias), Starling tem a tarefa de orientar o prefeito Alexandre Kalil no combate a pandemia. Assim, teve participação efetiva no recuo na abertura de setores não essenciais do comércio, anunciado na sexta-feira (26).

“Os três meses iniciais foram necessários para preparmos a estrutura de atendimento da saúde. Aí, houve a liberação de parte das atividades, mas a epidemia veio muito forte. Após 25 de maio (quando houve a flexibilixação), a curva epidêmica em BH aumetou absurdamente. O pessoal, cansado da quarentena, resolveu sair e fazer festa. O resultado é ocupação de mais de 80% dos leitos. Temos de lembrar que estamos em uma pandemia, todos os países estão demandando produtos como anestésicos, máscaras, respiradores. Então, sugerimos que fosse feito uma parada das atividades não essenciais para evitar a transmissão de pessoas nas ruas. Vamos continuar observando os números para saber se dá para flexibilizar ou não”, explicou ele, que garante que as autoridades estão sempre atentas aos números para tomar novas decisões. 

Staling alertou para a grande capacidade de transmissão do novo coronavírus e para o fato de 50% dos infectados serem assintomáticas. Assim, muita gente transmite a doença sem saber, causando ainda mais pressão sobre o sistema de saúde.

O médico acredita que ainda teremos de enfrentar a COVID-19 por muito tempo. Por isso, pede paciência a todos os cidadãos.

“Temos vacina contra coronavírus para animais, então não partimos do zero. Temos hoje 150 vacinas para humanos em desenvolvimento. E mais dinheiro para isso. Ou seja, pode ser que em um ano a gente tenha uma vacina eficaz. Mas aí serão sete bilhões de pessoas na fila. É para isso que temos de estar preparados e tomar os cuidados necessários”, afirmou.


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