Jornal Estado de Minas

FLEXIBILIZAÇÃO

Pressionado por números, Kalil decide hoje sobre flexibilização em BH

Pressionado pelo aumento acentuado nas taxas de ocupação de leitos e a crescente nas mortes e nos casos confirmados de COVID-19, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) decide nesta sexta-feira (19) os próximos passos do processo de reabertura do comércio em Belo Horizonte.





As novas regras serão anunciadas em entrevista coletiva marcada para 14h, na Prefeitura da capital mineira. O Estado de Minas transmite ao vivo pelo Facebook.

Segundo os indicadores epidemiológicos e estruturais mais recentes, a tendência é que a flexibilização não seja ampliada. Existe a possibilidade, inclusive, de que o processo de reabertura volte a estágios anteriores, com menos lojas abertas.

Tudo dependerá dos indicadores epidemiológicos e estruturais. De acordo com boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nessa quinta-feira, BH tem 3.810 casos da doença, dos quais 87 resultaram em óbitos.





Como a decisão é tomada?


Quem auxilia Kalil na tomada de decisão sobre a reabertura do comércio é o Comitê de Enfrentamento da COVID-19, que conta com três epidemiologistas e o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto.

Para analisar quais serão os próximos passos da flexibilização, o grupo leva em consideração três variáveis epidemiológicas e estruturais: número médio de transmissão por infectado (Rt), ocupação de UTIs e ocupação de leitos de enfermaria. Cada um desses parâmetros é classificado por meio de cores: verde (menor risco), amarelo (intermediário) e vermelho (alerta máximo).

De acordo com os dados mais recentes divulgados pela PBH, a taxa de ocupação de UTIs específicas para a COVID-19 dessa quarta-feira (17) era de 74%, já na zona vermelha de risco (acima de 70%).





Na mesma data, a ocupação de leitos de enfermaria destinados a pacientes com coronavírus estava em 62%, na zona amarela (entre 51% e 70%).

Ao longo da semana, a prefeitura não divulgou o número médio de transmissão por infectado. A atualização mais recente do índice foi apresentada no último dia 12 e apontava um Rt de 1,19, na zona amarela. A partir de 1,20, o risco sobe para a gradação vermelha.

Avanço do vírus


Iniciada em 25 de maio, a flexibilização das normas de isolamento já reflete na estrutura hospitalar da cidade. Desde que os serviços não essenciais foram liberados, a taxa de ocupação das UTIs específicas para COVID-19 passou de 40% para 74%. A crescente também foi constatada nos leitos clínicos para pacientes com a doença, que têm 63% de vagas ocupadas, ante 34% do momento anterior.





Após a reabertura, o número de mortes mais que dobrou: passou de 42 para 87. A quantidade de casos aumentou numa velocidade ainda maior e saltou de 1.434 para 3.810. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES).

Novos leitos


Com o aumento significativo na demanda por internações em decorrência da COVID-19 nas últimas semanas, a PBH iniciou o processo de abertura de novos leitos. O processo pode fazer com que as taxas de ocupação dos leitos caia e, com isso, permitir a manutenção da flexibilização do isolamento social.

Nessa quinta-feira, a prefeitura anunciou que foram abertos 72 novos leitos na capital mineira (34 de UTI e 38 de enfermaria), todos destinados a pacientes com coronavírus.

Leia mais sobre a COVID-19

Confira outras informações relevantes sobre a pandemia provocada pelo vírus Sars-CoV-2 no Brasil e no mundo. Textos, infográficos e vídeos falam sobre sintomasprevençãopesquisa vacinação.



 

Confira respostas a 15 dúvidas mais comuns

Guia rápido explica com o que se sabe até agora sobre temas como risco de infecção após a vacinação, eficácia dos imunizantes, efeitos colaterais e o pós-vacina. Depois de vacinado, preciso continuar a usar máscara? Posso pegar COVID-19 mesmo após receber as duas doses da vacina? Posso beber após vacinar? Confira esta e outras perguntas e respostas sobre a COVID-19.

Acesse nosso canal e veja vídeos explicativos sobre COVID-19


audima