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Estado de Minas Norte de minas

Profissional da saúde infectada pelo coronavírus morre em Capitão Enéas

Auxiliar de enfermagem tinha 55 anos e contraiu a COVID-19 ao atender a um paciente que tinha a doença, no hospital em que trabalhava


02/06/2020 14:12 - atualizado 02/06/2020 15:38

Colegas de trabalho de Maria Eliza Oliveira Andrade, a 'Bila', fizeram cortejo até o cemitério da cidade(foto: Reprodução/ Redes Sociais)
Colegas de trabalho de Maria Eliza Oliveira Andrade, a 'Bila', fizeram cortejo até o cemitério da cidade (foto: Reprodução/ Redes Sociais)
Em clima de comoção e de homenagens, foi sepultado na manhã desta terça-feira (02), em Capitão Enéas, cidade de 14,2 mil habitantes do Norte de Minas, o corpo da auxiliar de enfermagem Maria Eliza Oliveira Andrade, a “Bila”, de 55 anos. Ela morreu na noite de segunda-feira (01), em decorrência da COVID-19, no Hospital das Clínicas Mario Ribeiro, em Montes Claros, na mesma região, onde estava internada. A profissional de saúde contraiu o novo coronavírus no trabalho. 
 
 
A auxiliar de enfermagem contraiu a doença na primeira quinzena de maio, ao atender a um paciente que testou positivo para o novo coronavirus na Santa Casa e Hospital Nossa Senhora da Guia, em Capitão Enéas. 
Hipertensa, Bila foi aconselhada a se afastar do trabalho, mas se recusou, para poder ajudar aos pacientes(foto: Reprodução/ Redes Sociais)
Hipertensa, Bila foi aconselhada a se afastar do trabalho, mas se recusou, para poder ajudar aos pacientes (foto: Reprodução/ Redes Sociais)


Havia mais de 35 anos que ela atuava na instituição, onde era muito querida pelos colegas. Também era uma pessoa muito conhecida no município – a prefeitura decretou luto oficial por causa do falecimento da profissional de saúde. 

Por causa da pandemia, não houve velório. Colegas de trabalho e familiares de Maria Eliza, juntamente com outros moradores de Capitão Enéas, se reuniram na entrada da cidade para acompanhar o cortejo, de carro, até o cemitério, em clima de muita emoção.

Bila, que era casada e mãe de três filhos, e também recebeu várias homenagens nas redes sociais. 

Afastamento

Logo que foi surgiu a pandemia da COVID-19, a técnica de enfermagem foi orientada pelos colegas a se afastar do trabalho, já que era hipertensa e fazia parte do grupo de risco. “Mas ela se recusou. Disse que tinha feito um juramento e que iria cuidar das pessoas”, relata a enfermeira Mara Fagundes Soares Alves, que trabalhou com Bila na Santa Casa de Capitão Enéas. 

Assim como outros funcionários do hospital, Mara disse que ficou muito sentida com a morte da auxiliar de enfermagem: “A Bila era uma pessoa transparente e única, sempre a mesma com todo mundo. Era a primeira a chegar e a última a sair do trabalho. Ela sempre dizia que amava a profissão e que dava a vida pelos pacientes. Sempre dava conselhos, com muita paciência. Era uma 'mãezona' para nós”.

Mara,que teve o seu primeiro emprego no hospital de Capitão Enéas, conta que também apresentou sintomas respiratórios, febre e dor de cabeça. Foi afastada do serviço e está em isolamento domiciliar, em Montes Claros, onde é monitorada pelo serviço de vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde do município. Foi feito o recolhimento de material para teste para a COVID-19, e ela ainda aguarda resultado do exame de laboratório.


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