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Estado de Minas AJUDA

Vaquinha tenta arrecadar R$ 30 mil para catadores de material reciclável

Cooperativa tem como meta criar um fundo que ajude trabalhadores que estão parados durante crise da pandemia do coronavírus a pagar despesas básicas de casa


postado em 29/05/2020 13:33 / atualizado em 29/05/2020 14:51

A cooperativa suspendeu os trabalhos desde o dia 23 de março, devido ao isolamento social para conter o avanço da COVID-19(foto: Virginia Yunes/Divulgação)
A cooperativa suspendeu os trabalhos desde o dia 23 de março, devido ao isolamento social para conter o avanço da COVID-19 (foto: Virginia Yunes/Divulgação)


Com os serviços de coleta seletiva paralisados desde 23 de março, devido à pandemia da COVID-19, catadores de materiais reclicáveis vêm passando dificuldades com a falta de recursos para manter suas casas e familiares. Por isso, os 43 cooperados da Coopersoli Barreiro (cooperativa estabelecida na Região do Barreiro) criaram uma vaquinha virtual com a meta de chegar aos R$ 30 mil, para bancar despesas da entidade e distribuir entre os trabalhadores, para custear contas de água, luz, gás e aluguel – estima-se que o valor seja suficiente para pelo menos dois meses.

Constituída em 2003, a cooperativa reúne moradores, em sua maioria mulheres chefes de família, dos bairros Conjunto Conquista da União, Corumbiara, Independência e Jatobá IV.

Segundo Neli de Souza Silva Medeiros, do conselho administrativo da Coopersoli, a vaquinha está no ar há 10 dias e por meio dela será constituído um fundo com o dinheiro arrecadado. "Temos recebido muita solidariedade da população, de empresários e ONGs, como cestas básicas, álcool em gel, máscaras, alguma ajuda da prefeitura, Cáritas, Fundação Banco do Brasil, entre outras. Mas nem sempre conseguimos arcar com outros custos, tem gente que paga aluguel, algumas famílias tem muitos integrantes e em alguns casos a cesta básica não cobre todo o mês".

O movimento que deu origem à cooperativa inciou-se em 2000, no conjunto habitacional Conquista da União, e reunia mulheres, mães chefes de família, que começaram o trabalho recolhendo plástico pet.

"Por meio da mobilização conjunta com outro grupo de mulheres, também na Região do Barreiro, no Corumbiara, que fazia o mesmo trabalho, e da articulação com o poder público, foi possível a legalização da COOPERSOLI em 2003. A liderança da cooperativa é composta por mulheres negras e periféricas", explica Neli Medeiros.


Segundo a conselheira, a vaquinha foi a forma encontrada para ajudar os catadores e a cooperativa a manterem os procedimentos adotados para atendimento das orientações dos órgãos de saúde no combate ao coronavírus. "Contribuiremos para evitar a propagação e para a proteção da saúde dos catadores e dos seus dependentes, ao mesmo tempo, garantindo a sua sobrevivência e sustentabilidade da sua única fonte de renda: a cooperativa".

Dos 43 associados, 30 pertencem aos grupos de risco pela contaminação da COVID-19 (acima de 60 anos ou com doenças como hipertensão, diabetes, entre outras).

 

Como doar 


As colaborações podem ser enviadas no site www.benfeitoria.com/coopersolibarreiro


O match-funding
é como uma vaquinha turbinada: uma nova modalidade de fomento, que mistura o financiamento coletivo com aporte de parceiros, que multiplicam a arrecadação. Para cada R$ 1 arrecadado pelos projetos selecionados por intermédio da plataforma da Benfeitoria, o Fundo Colaborativo Enfrente contribui com mais R$ 2, até que o valor de R$ 30 mil seja alcançado.

O Fundo Colaborativo Enfrente, composto pela Fundação Tide Setubal e parceiros, poderá aportar o total de mais R$ 4 milhões, para triplicar a arrecadação de campanhas de financiamento coletivo, de iniciativas que enfrentem os efeitos do coronavírus nas periferias urbanas brasileiras.


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