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Estado de Minas RMBH

Coronavírus: projeto atua em aglomerados de BH para combater desinformação

Projeto do CEFET-MG pretende estruturar redes de comunicação popular em regiões de vulnerabilidade social da capital


27/05/2020 13:17 - atualizado 27/05/2020 16:25

(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Combater a propagação do novo coronavírus em locais com moradias precárias e infraestrutura inadequada, onde vivem famílias de cinco ou mais pessoas, é um grande desafio enfrentado por moradores de aglomerados e ocupações na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Contribuindo para piorar ainda mais esse contexto, a desinformação tem sido um dificultador no dia a dia dessas comunidades. Para auxiliar essas famílias neste momento, um projeto do CEFET-MG pretende estruturar redes de comunicação popular em regiões de vulnerabilidade social.

Segundo o coordenador da ação, Bráulio Silva Chaves, a proposta surgiu de uma demanda das próprias comunidades que serão alvos da ação. “Lideranças e movimentos sociais que participaram de várias reuniões conjuntas falaram que a dificuldade de comunicação é um dos maiores obstáculos do combate à COVID-19 e que a disseminação de notícias falsas tem impedido a chegada de informações oficiais nesses locais”, conta Bráulio.

Em um primeiro momento, o projeto prevê a coleta de informações sobre métodos de prevenção e higiene, informações sobre renda (como o cadastro para o auxílio emergencial) e sobre redes de solidariedade (como distribuição de cestas básicas, máscaras e kits de higiene). Depois, integrantes vão desenvolver mecanismos acessíveis e populares para a divulgação dessas informações. Estão previstas também ações nesses locais — Cabana do Pai Tomás, Ocupação Vila da Conquista, Ocupação Paulo Freire e Ocupação Vila Esperança — para auxiliar presencialmente esses moradores.

De acordo com Bráulio, a escolha desses aglomerados e ocupações vêm de projetos anteriores, que já dialogam há mais tempo com estes espaços. O professor destaca que o atual estágio da pandemia mostra as dificuldades do isolamento social nesses lugares. “Para muita gente pode parecer impensável, mas o que há de mais básico não tem chegado em muitos locais”, explica o coordenador, que destaca ainda que “as medidas de urgência nesses territórios apontam o desafio da informação e comunicação, feita de forma objetiva, nítida, popular, usando recursos da comunicação comunitária para a prevenção, fazendo circular as medidas de prevenção vindas de órgãos oficiais, com o conhecimento em tempo real e de forma rápida”.


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