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Estado de Minas EM PAUTA

Teste desenvolvido na Funed pode detectar COVID-19 em assintomáticos

Pesquisadores de BH têm projetos selecionados em programa de combate ao coronavírus. Estudiosos apresentam trabalhos com propostas de novos testes, rápidos e eficientes, em ação para evitar o agravamento da pandemia


postado em 19/05/2020 14:56 / atualizado em 19/05/2020 17:06

(foto: Getty Images/Science Photo Libra)
(foto: Getty Images/Science Photo Libra)

Dois projetos coordenados por pesquisadores da Fudação Ezequiel Dias (Funed) foram aprovados em seleção que visa motivar o apoio mútuo entre estudiosos e órgãos de pesquisa, fomentar trabalhos direcionados ao combate ao coronavírus e diminuição dos efeitos nocivos ocasionados pela pandemia, assim como impulsionar processos eficientes no enfrentamento da COVID-19. Uma das propostas é a de um teste que apresenta resultado em 10 minutos, que pode aferir se existe a doença ainda antes da manifestação dos sintomas, procedimento que parte da utilização de um cotonete nasal, pela gota de saliva ou sangue.

Os projetos assinados por Luiz Guilherme Heneine e Sérgio Caldas, da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD), estão entre os mencionados no Programa emergencial de apoio a ações de enfrentamento da pandemia causada pelo novo coronavírus, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). "Vemos estes projetos como a busca por uma resposta rápida durante a pandemia, com chances reais de desenvolvimento de produtos eficazes em benefício da saúde pública", pontua a diretora de pesquisa da Funed, Sílvia Fialho.

"No caso do biossensor que estamos propondo, um anticorpo específico para o coronavírus tipo 2 é colocado nele, sendo capaz de detectar os vírus presente nas amostras dos pacientes. Essas amostras podem ser swabs [cotonete estéril que serve para coleta de exames microbiológicos] nasais e orais, saliva e soro. Uma gota de amostra depositada no biossensor e dez minutos de incubação são suficientes para obter o resultado", explica Luiz Heneine. Seu trabalho visa, desta maneira, elaborar um teste ágil com o biossensor para a doença, resolvendo um hiato entre os dois testes existentes: o imunológico, que identifica os anticorpos IgM e IgG no soro de paciente, e o molecular, que reconhece o componente genético do víurus na amostra.

No caso desse teste, uma vantagem seria revelar proteínas virais nas amostras ainda sem a manifestação dos sintomas. Essa verificação precoce encontra um papel fundamental no sentido de direcionar estratégias de controle da propagação da doença, com o mapeamento de áreas onde o lockdown é preciso e, por outro lado, também identificando locais onde o retorno às atividades sociais é viável.

Já o trabalho encabeçado por Sérgio Caldas, intitulado Uso de ferramenta molecular e desenvolvimento de soro heterólogo anti-Sars-Cov-2 como estratégia de enfrentamento à COVID-19, é alicerçado na utilização de ferramentas de infraestrutura já disponibilizadas na Funed, com foco na concepção de uma alternativa terapêutica ainda não apresentada no contexto da pandemia. "Vários estudos têm demonstrado que a administração passiva de anticorpos policlonais pode melhorar a taxa de sobrevida em infecções virais graves, sendo vista como uma estratégia promissora para o enfrentamento à COVID-19 e para o controle de futuros surtos", relata.


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