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Estado de Minas CORONAVÍRUS

Prefeitura de BH estima multa de até R$ 80 a quem não usar máscara

Medida foi anunciada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) e será oficializada em decreto na quarta-feira


postado em 05/05/2020 15:17 / atualizado em 05/05/2020 18:25

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

A prefeitura de Belo Horizonte estima multar em até R$ 80 as pessoas que não usarem máscara como forma de proteção contra o novo coronavírus. A medida será oficializada por meio de decreto publicado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) no Diário Oficial do Município e começará a valer na semana que vem.

O valor da multa, que poderá ser aplicada em "qualquer logradouro público", ainda não está definido pela administração municipal. Segundo Kalil, o "teto" será R$ 80. O mínimo, R$ 50.

O prefeito afirmou que a implementação da medida se deve à intenção de cumprir o prazo estipulado para o início da reabertura do comércio. A administração municipal pretende começar a flexibilização do isolamento social em 25 de maio.

"Todo mundo improvise (uma máscara) até começar a distribuição (gratuita do equipamento), porque queremos cumprir o dia 25. Se o dia 25 fosse hoje, poderíamos comprí-lo, mas não sabemos o que vai acontecer daqui a praticamente 20 dias, sabendo da velocidade (de propagação do vírus)", disse.

O prefeito reafirmou que a prefeitura, a partir desta sexta-feira, receberá 2 milhões de máscaras, que serão distribuídas para a população. Kalil pediu que, até lá, a população improvise o equipamento e chamou de 'idiota' quem for às ruas sem utilizá-lo. 

"Antes de tudo, se olhar para um cara sem máscara, falar assim: ‘Estamos na frente de um idiota, que não pensa em ninguém’. Ou amarra um pano (para improvisar a máscara), ou pega uma camisa ou faz qualquer coisa", disse.

O uso de máscaras em espaços públicos, transporte coletivo e estabelecimentos comerciais de Belo Horizonte se tornou obrigatório em 22 de abril, com base em decreto publicado cindo dias antes. Também há uma determinação estadual que regulamenta a utilização do equipamento em toda Minas Gerais.
 

Bancas de jornais


Kalil anunciou nesta tarde a abertura das bancas de jornais, que estavam fechadas desde as primeiras medidas de isolamento social decretadas pelo município. “Não podemos sacrificar um serviço tão essencial, que é o acesso à informação. É uma indústria tão importante, de papel, impressão, jornais, revistas, que gera aglomeração muito pequena, mas presta serviço grande”.  
 

Proibição de festas particulares

 
O prefeito também falou que o município vai ter atitude rigorosa contra festas particulares em condomínios, que geram aglomeração de pessoas. Para isso, ele espera que as instâncias judiciais o libere para formular um decreto: "Espero que a justiça nos ajude. Festa em condomínio é coisa de rico. Na minha casa, os prédios não têm condomínio. Nos aglomerados, vilas e favelas não há condomínios. Queremos realmente é proibir. Denúncias, com o devido amparo legal para acabar com festas irresponsáveis. São atos que dependemos da justiça".
 

Volta de escolas particulares 

 
Questionado sobre um possível retorno já planejado pelas escolas particulares, Kalil foi direto ao afirmar que as instituições voltarão às atividades somente junto com o ensino municipal, em data ainda não prevista: "Nem as particulares e nem as municipais vão voltar. O comércio fechado é particular. Não tem nada particular planejando voltar às aulas. Eles estão falando em dois sapatinhos, três mascaraszinhas... Isso é porque não conhecem uma escola municipal. As particulares não vão voltar. Precisam de determinação do poder público. É um problema sanitário e não de escola particular. Elas vão voltar juntas".
 

Carreatas e drive thru 

 
O prefeito liberou a realização de carreatas e drive thru para doação de fraldas, algo que se tornou comum no país. Mas avisou que a fiscalização será intensa para não haver aglomeração de pessoas: "O que falamos é de festas combinadas. Se quiser fazer carreata, ficar buzinando, pode ir, não tem problema. Pode ir para a Marília de Dirceu. Não pode é aglomerar. Vamos estabelecer o tempo de parada. O problema é começar a virar moda. De qualquqer forma, é uma aglomeração. Estamos tentando entrar no ritmo que a pandemia vai vir".
 

População de rua 

 

Em sua entrevista, Kalil também citou a situação dos moradores de rua durante a pandemia. Ele mencionou que a cidade reservou o Sesc Venda Nova e os abrigos para a realocação das pessoas, mas nem todos optaram por serem atendidos: "Quem quis ir para abrigos, foi. Se você tocar numa população de rua, onde eles fazem sexo na frente de crianças e montam acampamentos, eu sou bombardeado. É uma posição muito difícil. Temos lugar, mas a pessoa tem que querer. Não posso algemar e jogar lá dentro". 

 
 


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