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Estado de Minas CORONAVÍRUS

O perigo das máscaras usadas jogadas na rua; saiba como descartá-las

Reportagem flagrou o descarte irresponsável em várias regiões de BH e infectologista alerta para o risco


postado em 28/04/2020 18:38 / atualizado em 28/04/2020 19:14

Rua dos Otoni, esquina com a Praça Lucas Machado, Bairro Santa Efigênia(foto: JUAREZ RODRIGUES/ EM/ D.A Press)
Rua dos Otoni, esquina com a Praça Lucas Machado, Bairro Santa Efigênia (foto: JUAREZ RODRIGUES/ EM/ D.A Press)
A obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos de Belo Horizonte, prevista no decreto municipal publicado pela prefeitura na quarta-feira (22), é a alternativa mais viável, após o isolamento social, para controlar a disseminação do novo coronavírus (Sars-Cov-2). Após a exigência da utilização do material, a quantidade de produtos descartados de maneira irresponsável tem crescido e ficado cada vez mais evidente nas ruas da capital mineira. A reportagem do Estado de Minas flagrou, em diferentes bairros da capital mineira, o descarte irregular do equipamento de proteção individual (EPI), espalhados pelas ruas.
 
Para a médica e infectologista Júlia Caporali, a exposição ao ar livre de um EPI que está contaminado é uma fonte de contaminação direta, pois “o maior risco é de que algum desavisado pode pegar o material, seja para jogá-lo no lixo ou até mesmo para usá-lo. Essa reutilização certamente vai contaminá-lo”, afirmou.
 
Praça Hugo Werneck, Bairro Santa Efigênia(foto: JUAREZ RODRIGUES/ EM/ D.A Press)
Praça Hugo Werneck, Bairro Santa Efigênia (foto: JUAREZ RODRIGUES/ EM/ D.A Press)
 
De acordo com a professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e virologista, Jordana Coelho dos Reis, o descarte equivocado do material pode gerar um certo risco para as pessoas que mantêm contato próximo com ele e, por essa razão, deve ser feito seguindo algumas recomendações de segurança. 
 
“Se a pessoa estiver infectada pela COVID-19, a máscara vai conter uma certa quantidade de vírus. Sabemos que o vírus permanece por algum tempo nas superfícies, principalmente se for uma que tem sustentabilidade.  Mas, o problema maior é que ainda não temos o descarte biológico, como nos hospitais” explicou.
 
“O mínimo que as pessoas devem fazer ao jogar fora o material é colocá-lo em um lixo separado, com um plástico amarrado. Ele tem que estar muito bem embalado para que este não seja um potencial de contaminação. Se a pessoa estiver contaminada, é necessário identificá-lo”, detalhou.
 
“Mesmo se a máscara for descartável, recomenda-se lavá-la com água sanitária e aguardar um período de 24 horas para, assim, realizar todo esse processo”, explicou Jordana.
 
*Estagiário sob supervisão do editor Álvaro Duarte


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