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Estado de Minas CORONAVÍRUS

Viçosa usa rastreamento virtual para monitorar barreiras e garantir isolamento

Plataforma de geolocalização auxilia no controle de barreira sanitária e fornece atendimento de enfermagem via inteligência virtual


postado em 11/04/2020 19:28 / atualizado em 11/04/2020 20:46

Plataforma on-line Coronazero auxilia no enfrentamento ao coronavírus em Viçosa(foto: Divulgação)
Plataforma on-line Coronazero auxilia no enfrentamento ao coronavírus em Viçosa (foto: Divulgação)
Em Viçosa, na Zona da Mata mineira, a prefeitura implantou uma plataforma on-line para auxiliar no enfrentamento ao coronavírus (COVID-19). O sistema, chamado Coronazero, é parceria com uma empresa privada e permite o monitoramento de pessoas que cruzaram as barreiras sanitárias. Em breve, também terá monitoramento dos casos que forem notificados com suspeita de coronavírus.

A plataforma foi desenvolvida pela empresa Botstable junto com a Secretaria de Saúde. Com o uso de geolocalização, é possível acompanhar – em tempo real – a movimentação de pessoas que se cadastraram no site da prefeitura para conseguir liberação nas barreiras sanitárias.

Até o momento, mais de 1.300 pessoas estão sendo monitoradas pelo sistema. São moradores de Viçosa que estavam em viagem pelo Brasil e solicitaram o regresso utilizando a plataforma.

Também é possível rastrear essas pessoas e identificar quem está em movimento pela cidade sem cumprir a quarentena.

Imagem mostra o monitoramento de pessoas por meio da plataforma(foto: Divulgação)
Imagem mostra o monitoramento de pessoas por meio da plataforma (foto: Divulgação)


De acordo com o desenvolvedor do Coroanzero, Guilherme Carvalho, 21, a ideia surgiu quando ele percebeu que o processo de controle estabelecido inicialmente pelo poder público era muito burocrático. “Após o decreto, a pessoa que estava fora da cidade teria que enviar e-mails e responder a um questionário enorme. Já a equipe da prefeitura demandava tempo para avaliar. Então, resolvi criar a ferramenta e mostrar que a otimização automatizada seria bem mais eficaz”, explica Guiherme.


Plataforma Coronazero

O Coronazero foi adquirido pela prefeitura. O contrato inclui o desenvolvimento de uma plataforma para monitorar os acessos às barreiras sanitárias e outros módulos de inteligência artificial, como “atendimento robô” – respostas automáticas pré-definidas sobre coronavírus – para a ouvidoria; um sistema de teleatendimento automatizado da Secretaria de Saúde; e monitoramento de pacientes em quarentena.

Funcionalidades

  • Controle de barreiras sanitárias: permite um alto volume de solicitações de autorização para passagem pela população, bem como uma análise e gestão ágil pelo comitê de prevenção da pandemia no município;
  • Atendimento virtual: permite a comunicação em massa das dúvidas recorrentes sobre a situação emergencial do município, notificação de denúncias
  • Enfermeira digital: permite pré-triagem virtual do paciente, fornecendo orientações dependendo das respostas e resultado
  • Notificação de quarentenados COVID-19: permite aos profissionais de saúde fazerem avaliação dos possíveis contaminados com coronavírus.
Guilherme ressalta também que, com o rastreamento, será possível saber quando uma certa área da cidade apresenta mais pessoas com sintomas da COVID-19. Dessa forma, a Secretaria de Saúde poderá agir com mais eficácia.
As barreiras sanitárias foram aplicadas no dia 23 de março, após publicação do decreto municipal. Foram estabelecidas 24 barreiras, instaladas nos acessos à cidade pelas estradas rurais e rodovias. Desse total, 12 são presenciais, contando 24 horas por dia com equipes que monitoram o fluxo, além de desinfectar veículos autorizados a passar.

Equipes monitoram o fluxo e desinfetam veículos autorizados a entrar na cidade(foto: Divulgação)
Equipes monitoram o fluxo e desinfetam veículos autorizados a entrar na cidade (foto: Divulgação)


As outras 12 barreiras são físicas, com bloqueio total de passagem. Todos os pontos têm vigilância constante, com seguranças contratados, além do suporte da Polícia Militar.

Com a plataforma Coronazero, os agentes têm a informação de quem está liberado para cruzar as barreiras.

Para o secretário de Saúde, Marcus Schitini, as permissões são para atender casos de extrema necessidade. “No entanto, cabe ressaltar que todas as pessoas que retornam ao município precisam ficar 14 dias em isolamento, e o monitoramento remoto é uma ferramenta que nos possibilita a ação imediata em casos de descumprimento dessa norma”.


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