(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Unidades de saúde de BH paralisam atendimentos nesta segunda-feira

Servidores da Fundação Hospitalar de Minas Gerais, em campanha salarial, fazem mobilização na capital


postado em 16/12/2019 16:48 / atualizado em 16/12/2019 22:26

(foto: Jair Amaral)
(foto: Jair Amaral)
Servidores do Hospital Infantil João Paulo II e da Fundação Hemominas, ambos na região hospitalar da capital, interromperam parcialmente os atendimentos médicos das 8h às 16h nesta segunda-feira (16). Houve também ato público na porta do hospital, às 10h, para demonstrar insatisfação com a política do governo atual para o setor. Já o estado sustenta que está legalmente impossibilitado de atender a reivindicações do funcionalismo.

A categoria critica a falta de propostas do governo e argumenta que faltam equipamentos e medicamentos, há equipes incompletas, salários parcelados e defasagem salarial de 31,75% desde 2014.

Entre outras reivindicações, os servidores cobram a  implantação de um novo plano de cargos e salários, já aprovado pela gestão anterior, e a realização de concurso público para a reposição de aposentadorias e exonerações.

Laila Ruth de Souza e filho com suspeita de sarampo(foto: Jair Amaral)
Laila Ruth de Souza e filho com suspeita de sarampo (foto: Jair Amaral)
Laila Ruth de Souza chegou ao Hospital Infantil João Paulo II, por volta das 10h, para tratar o filho de 1 ano e 4 meses, que estava com suspeita de sarampo. Após mais de duas horas de espera, foi informada por um segurança sobre a paralisação. “Ainda na triagem me deram a pulseirinha verde, de pouca urgência. Fiquei completamente indignada. Ele chorava muito, não conseguia ficar quieto. Não avaliaram direito, não passaram nenhum medicamento, não me deram uma assistência básica, uma orientação sobre onde ir. É muito triste e revoltante."

O movimento foi definido em assembleia no dia 4, que deliberou por paralisações pontuais, de forma escalonada. Caso o governo não apresente uma proposta, a categoria prevê nova assembleia na primeira quinzena de janeiro, que discutirá novas paralisações.
 
Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig)  sustentou que a paralisação se restringiu ao Hospital Infantil João Paulo II. Em nota, a entidade informou que o estado não pode comprometer mais recursos com o pagamento de servidores, pois já estourou o limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
 
Confira a íntegra da nota da Fhemig:

"Sobre as reinvindicações apontadas pelo Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informa:

O estado de Minas Gerais está acima do limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal e, desta forma, não pode encaminhar projeto de lei para rever a política de cargos e salários ou mesmo prever aumento salarial para os servidores no atual cenário, mas o governo está aberto ao diálogo com entidades sindicais e servidores.

. Existe concurso vigente para o preenchimento de vagas no Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII).

. Não existe a possibilidade de transferir a gestão do HIJPII para organização social atualmente.

. A paralisação no Hospital Infantil João Paulo II afeta a escala assistencial e qualquer redução impacta no atendimento aos usuários; entretanto, a equipe tem se esforçado para que não haja transtornos e riscos aos pacientes.

. Quanto à estrutura hospitalar, a Fhemig vem buscando recursos para que sejam realizadas reformas em suas unidades, considerando que muitos prédios são antigos e que não passaram por obras nos últimos anos.

. Em 2019, a Fhemig adquiriu ventiladores pulmonares (respiradores artificiais), cardioversores, BIPAP’s, ultrassom e monitores para o Hospital Infantil João Paulo II. "
 
 
*Estagiária sob supervisão do editor Roney Garcia.  


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)