A categoria critica a falta de propostas do governo e argumenta que faltam equipamentos e medicamentos, há equipes incompletas, salários parcelados e defasagem salarial de 31,75% desde 2014.
Entre outras reivindicações, os servidores cobram a implantação de um novo plano de cargos e salários, já aprovado pela gestão anterior, e a realização de concurso público para a reposição de aposentadorias e exonerações.
O movimento foi definido em assembleia no dia 4, que deliberou por paralisações pontuais, de forma escalonada. Caso o governo não apresente uma proposta, a categoria prevê nova assembleia na primeira quinzena de janeiro, que discutirá novas paralisações.
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) sustentou que a paralisação se restringiu ao Hospital Infantil João Paulo II. Em nota, a entidade informou que o estado não pode comprometer mais recursos com o pagamento de servidores, pois já estourou o limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Confira a íntegra da nota da Fhemig:
"Sobre as reinvindicações apontadas pelo Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informa:
O estado de Minas Gerais está acima do limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal e, desta forma, não pode encaminhar projeto de lei para rever a política de cargos e salários ou mesmo prever aumento salarial para os servidores no atual cenário, mas o governo está aberto ao diálogo com entidades sindicais e servidores.
. Existe concurso vigente para o preenchimento de vagas no Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII).
. Não existe a possibilidade de transferir a gestão do HIJPII para organização social atualmente.
. A paralisação no Hospital Infantil João Paulo II afeta a escala assistencial e qualquer redução impacta no atendimento aos usuários; entretanto, a equipe tem se esforçado para que não haja transtornos e riscos aos pacientes.
. Quanto à estrutura hospitalar, a Fhemig vem buscando recursos para que sejam realizadas reformas em suas unidades, considerando que muitos prédios são antigos e que não passaram por obras nos últimos anos.
. Em 2019, a Fhemig adquiriu ventiladores pulmonares (respiradores artificiais), cardioversores, BIPAP’s, ultrassom e monitores para o Hospital Infantil João Paulo II. "
*Estagiária sob supervisão do editor Roney Garcia.
