No aniversário de 122 anos de BH, convidamos três artistas da periferia da capital para revelar em versos suas formas de ver e viver Belo Horizonte. Pieta Poeta, Karine Bassi e Dione Barbosa são alguns dos poetas e escritores responsáveis por criar e inspirar a formação de coletivos que organizam eventos para divulgar a literatura e a poesia feita por nomes de bairros periféricos.
Um dos movimentos precursores da poesia marginal/periférica de BH é o ColetiVoz, reconhecido como o primeiro sarau de periferia de BH e existe desde 2008. Atua promovendo saraus marginais e oficinas literárias em bares, praças, centros culturais e escolas públicas do Barreiro. O movimentou já circulou por outras regiões de BH e municípios da região metropolitana.
Pieta Poeta
Escritora, poeta, instrumentista, compositora e professora. Integra o Sarau Comum, do Coletivoz e da Coletiva Manas, vencedora do Slam BR 2018, do primeiro slam da Flip e do mundial Poetry Slam da Flup (2019).
Publicou com o Coletivoz a antologia "À luta, à voz!" e o livro "Lua nos pés" (2018) pela editora Vienas Abiertas.
Dione Machado
Poeta e ator das centas artísticas de Belo Horizonte, integra o ColetiVoz Sarau de Periferia e a Cia. Chronos de Teatro.
Karine Bassi
Escritora e professora, publicou os livros "Entulho de rosas" e "Livro de histórias". Organizou as coletâneas "À luta, à voz" e "Raízes – Resistência histórica - volume 1", antologias da qual participou também como autora. Integra o Coletivoz.
O ColetiVoz
O coletivo é composto por artistas, poetas, atores e atrizes, músicos e cantores com formação e experiência no teatro de rua, cultura hip-hop, artes cirsenses e literatura marginal contemporânea.
O ColetiVoz difunde e incentiva a literatura e a poesia marginal/periférica por meio de eventos e performances poéticas. O trabalho tem inspirado a criação de outros saraus marginais, como o Vira-Latas, Cachorras, Cabeçativa, Lanternas, Lá da Favelhinha, Do Viaduto pra cá, Barulho em BH, Nosso Sarau-Sarzedo, entre outros