
Parceria e gestão
“Estamos perdendo uma grande gestora e uma parceira dedicada para resolver as urgências do patrimônio de Minas”, lamentou o prefeito de Congonhas, onde está o Santuário Basílica do Bom Jesus de Matosinhos, com destaque para os 12 profetas em pedra-sabão, no adro da igreja do século 18, e as peças da Paixão de Cristo esculpidos por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814).


Especializada
Célia Corsino é museóloga, com especialização em administração de projetos culturais pela Fundação Getúlio Vargas e metodologia do ensino superior pelas Faculdades Estácio de Sá. Desde 1973, trabalha na área de patrimônio e em museus, tendo sido chefe da Seção de Difusão Cultural do Museu Histórico Nacional e do Museu de Folclore Edison Carneiro da Funarte (1978-1982), assessora do Programa Nacional de Museus da Fundação Nacional Pró-Memória, onde coordenou o programa de revitalização de Pequenas Unidades Museológicas e do Sistema Nacional de Museus da Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (1986- 1989), além de coordenadora do Programa de Museus da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal (1989-1990) e desempenhar outras funções. De 2002 a 2011, coordenou os trabalhos de implantação da área de museologia do Museu de Artes e Ofício, em Belo Horizonte, trabalhou no acervo documental do Museu Casa de Cora Coralina, em Goiás, no Museu de Congonhas, entre outros. Desde 2015, Célia é a superintendente do Iphan em Minas.
Reabertura
A exoneração de Célia Corsino ocorre a uma semana da reabertura da Igreja São Francisco de Assis, a conhecida Igrejinha da Pampulha, da Arquidiocese de BH, cuja obra de restauro teve recursos do PAC Cidades Históricos (R$ 1,1 milhão) do governo federal e fiscalização do corpo técnico do Iphan no estado. Admiradores do trabalho da superintendente lembram do seu empenho para contornar problemas durante as obras. Na semana passada, ao lado da presidente o Iphan, Kátia Bogéa, a museóloga participou da inauguração do Teatro de Sabará, na Grande BH, primeira obra do PAC concluída na cidade. Em Minas, são 93 obras (veja quadro), com recursos do PAC, com recursos de R$ 76 milhões contratados e R$ 52 milhões já investidos.