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Estado de Minas

Inverno este ano terá temperaturas mais altas que em 2018

Termômetros devem marcar média entre 16°C e 28°C em Minas Gerais durante o trimestre de julho a agosto


postado em 21/06/2019 07:00 / atualizado em 21/06/2019 11:12

Apesar da queda dos termômetros nos últimos dias, na estação mais fria a temperatura será levemente mais alta(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Apesar da queda dos termômetros nos últimos dias, na estação mais fria a temperatura será levemente mais alta (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
A chegada do inverno é motivo de alegria para muita gente que ama curtir um friozinho em meio às cobertas. A estação mais gelada do ano começa hoje, mas com temperaturas acima da média histórica, o que pode desapontar quem já separava os cobertores para assistir a filmes e séries na tevê. Pelo menos é o que prevê o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vinculado ao Ministério da Agricultura. Segundo o órgão, os termômetros não devem marcar números tão baixos neste ano nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, principalmente devido ao fenômeno El Niño. A anomalia climática também afeta o tempo em Minas Gerais, que deve ter uma elevação entre 0,2°C e 1°C no trimestre. A estação se encerra na madrugada de 23 de setembro, quando dá lugar à primavera.

O inverno menos rigoroso se deve à elevação da temperatura das águas do Oceano Pacífico, que chega a 0,5°C, segundo o Inmet. Apesar do atual El Niño ser considerado de fraca intensidade, principalmente próximo à costa do Equador, a anomalia deve interferir no inverno brasileiro. Com isso, os termômetros devem marcar média entre 16°C e 28°C em Minas Gerais durante o trimestre de julho a agosto.

Ainda assim, durante a segunda quinzena de maio e a primeira de junho, a entrada de massas de ar frio fez as temperaturas mínimas caírem e houve formação de geada em alguns municípios do Sul de Minas Gerais. Foi o caso de Maria da Fé, onde a temperatura mínima chegou a 3°C na estação meteorológica do Inmet na cidade. Em outros bairros, a temperatura chegou a -0,7°C, na região do Bairro Lage. Já no Bairro Reserva, também em Maria da Fé, os termômetros chegaram a -0,7°C. No Campo Experimental da Epamig, as plantas congelaram.

De acordo com o Inmet, o El Niño influenciou também na quantidade de chuvas na Região Sudeste do país neste ano. Em algumas cidades as chuvas fortes provocaram alagamentos, causando diversos transtornos à população. Em Vitória, no Espírito Santo, onde a média do mês de maio corresponde a 74 milímetros, por exemplo, choveu mais de 250mm.

Quanto ao restante do país, ainda segundo o Inmet, amplia-se a probabilidade de ocorrerem geadas nas regiões Sul e Sudeste e no estado de Mato Grosso do Sul, além da queda de neve nas áreas serranas e planaltos do Sul do país e friagem em Rondônia, no Acre e no Sul do Amazonas. As condições típicas da estação, que incluem inversões térmicas durante as manhãs, também podem produzir a formação de nevoeiros e névoa úmida nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

QUEIMADAS Outro fenômeno que o inverno favorece, por causa do clima seco, são as queimadas e os incêndios florestais em determinados pontos do país. De acordo com o Inmet, as chances de acontecerem são maiores na Região Norte, entre a metade do inverno e o início da primavera.

Contudo, o aviso também vale para Minas Gerais. Ontem, por exemplo, o instituto apontava para mais de 30 pontos de alto risco de queimadas no estado. O órgão considera o índice de inflamabilidade, medido com base na umidade relativa do ar e nas temperaturas do ar e do ponto de orvalho. A preocupação se concentra, principalmente, nas regiões Norte, Vale do Jequitinhonha, Noroeste, Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro. (Com Agência Brasil)


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