postado em 14/06/2019 19:51 / atualizado em 14/06/2019 21:04
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu três homens suspeitos de integrarem uma quadrilha de roubos de bicicletas em prédios da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ao todo, o grupo criminoso era composto por sete membros, mas três já estavam presos por outros crimes e um deles segue foragido. A operação, realizada nesta sexta-feira (14), ganhou o nome de “Mountain Bike”.
De acordo com o chefe do 1º Departamento de Polícia Civil em Belo Horizonte, delegado-geral Wagner Sales, as investigações começaram em março deste ano, quando um funcionário da Faculdade de Medicina da UFMG foi até a delegacia prestar queixa de roubo de sua bicicleta.
A partir daí, os policiais analisaram outras ocorrências registradas e chegaram à conclusão de que havia uma quadrilha especializada em roubos operando nos prédios da instituição federal de ensino. Além do funcionário que relatou primeiramente o furto, outras 15 vítimas dos ladrões foram identificadas.
No entanto, o investigador acredita que a quadrilha tenha feito mais vítimas, já que o levantamento é feito com base nos boletins de ocorrência e algumas pessoas podem ter optado por não prestar queixa.
(foto: Divulgação/Polícia Civil)
Para roubar os meios de transporte, os suspeitos se misturavam entre os estudantes. “Eles se vestiam como os alunos, rompiam os cadeados em bicicletários e levavam a bicicleta”, detalha o delegado. Após o roubo, a quadrilha tinha sempre um motorista à espera para facilitar e agilizar a fuga.
Ainda segundo o delegado, os suspeitos buscavam, principalmente, modelos de bicicletas com preços mais elevados. “Eles davam preferência para bicicletas com freio a disco, que são objetos com muita liquidez e com um valor mais alto”, afirma. As bicicletas roubadas são avaliadas entre R$ 1,5 mil a R$ 5 mil e seriam vendidas pelo criminosos por cerca de R$ 500.
Depois de levantamentos, os investigadores descobriram que os ladrões moravam no Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul da capital mineira. Nesta sexta-feira, os policiais foram ao local e cumpriram 10 mandados de busca e apreensão.
Os três presos têm 21, 23 e 28 anos. Os que já estavam presos têm 24, 25 e 29. Todos eles têm passagem por tráfico, roubo ou até agressão doméstica. Os suspeitos vãoresponder por furto qualificado e associação criminosa.
O sétimo integrante da quadrilha seria o responsável por conduzir o veículo de fuga da quadrilha. Segundo os investigadores, os ladrões se auto-intitulam “Bonde dos Ladrões” e o dinheiro ganho com a venda das bikes iam para o caixa do tráfico de drogas da região.
De acordo com Wagner Sales, a partir de agora, a operação deve continuar. A nova fase será destinada à localização dos compradores das mercadorias roubadas, para que as bicicletas possam ser devolvidas aos donos.
*Estagiário sob supervisão da redação do Estado de Minas