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Aluno da UFMG entra na lista de líderes mundiais por combate à malária em sua terra natal

Estudante de medicina, Louison Mbombo, de 23 anos, é apontado como um dos 15 jovens mais influentes do mundo, depois de criar ONG que já tratou 30 mil pessoas no Congo, onde nasceu, e beneficiou 10 milhões de pessoas. Ele vai à sede da União Europeia mostrar seu programa a chefes de Estado


postado em 08/06/2019 08:00 / atualizado em 08/06/2019 09:05

 


O estudante de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Louison Mbombo, de apenas 23 anos, já tratou 30 mil pessoas com malária na República Democrática do Congo e beneficiou mais de 10 milhões de pessoas. Agora, Louison foi incluído, pela União Europeia, em uma lista dos 15 jovens líderes mais influentes do mundo em 2019. Ele vai participar do European Development Days – congresso que será realizado em 18 e 19 de junho, em Bruxelas, capital da Bélgica e sede da União Europeia. No evento, serão discutidos os desafios impostos pelas desigualdades na saúde e na educação. Louison apresentará a experiência da organização criada por ele, a Solidariedade Na Mokili, fundada em 2016.

O estudante congolês mudou-se para Belo Horizonte em 2013, por causa da instabilidade política em seu país. Mas nunca esqueceu o Congo e as pessoas que vivem lá e precisam de ajuda. Ele ingressou em medicina na UFMG e deu continuidade ao seu sonho: “Desde criança, sempre tive uma visão de mudar o mundo para melhorar. Já nasci com isso, com essa vontade de mudar o mundo. Não ficava confortável de ver tudo que está acontecendo no mundo, como problemas relacionados à desigualdade e às mudanças climáticas. Então, decidi tomar uma iniciativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas e abri a ONG no intuito de salvar vidas, derrotando a pobreza e fornecendo ferramenta aos mais vulneráveis quanto à fome, a doenças e à violência”, contou.

Mesmo que a distância, ele deu continuidade aos trabalhos da ONG Solidariedade Na Mokili, com sede em Gungu, integrada por médicos, juízes e outros profissionais locais, que promovem cursos profissionalizantes para mulheres em situação de risco. O objetivo é estimular a geração de renda e, consequentemente, garantir um futuro melhor para as crianças. Em 2017, ganhou um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) com um projeto para reduzir mortes de crianças por malária na África. O projeto ofereceu curso gratuito para pessoas da comunidade de Gungu – que aprenderam a diagnosticar a malária e a procurar ajuda especializada – e forneceu mosquiteiros a famílias.

O seu maior sonho é conseguir implantar o SUS no Congo(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
O seu maior sonho é conseguir implantar o SUS no Congo (foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
Apesar de a malária ser uma doença tratável e que pode ser evitada, uma população pobre como a do Congo não consegue ter acesso a um tratamento adequado, conta. “As crianças são as mais atingidas pela doença. Na África, a cada dois minutos uma criança morre. A gente não pode aceitar morte por uma doença que é tratável e evitável”, disse. E foi depois de iniciar os estudos na UFMG que ele passou a entender melhor sobre a patologia e conheceu o Sistema Único de Saúde (SUS). O seu maior sonho é conseguir implantar o SUS no Congo. De acordo com o estudante de medicina, lá a saúde não é um direito garantido para os moradores. Apesar de a população pagar impostos, nenhum tipo de serviço gratuito é oferecido. “Quero copiar esse modelo no Congo”, disse. A meta da organização é erradicar a malária no país até 2030.

E foi pela garra em mudar o mundo que Louison foi escolhido entre 404 candidatos de 99 países para compartilhar suas habilidades, experiências e contribuições com chefes de Estado, diplomatas, acadêmicos, entre outros representantes. Mais de 8 mil pessoas deverão participar do Congresso. “Eles estavam selecionando 15 jovens que estão inspirando a mudança do mundo. Mandei minha candidatura e expliquei tudo o que estamos fazendo aqui. Assim, fui selecionado para compartilhar minha experiência com chefes de Estado. Sinto-me muito feliz por poder salvar vidas. É gratificante. Nunca achei que ia chegar até a Unesco. Nunca imaginei me sentar com tantas pessoas importantes”, disse.

O estudante, que embarca para Bruxelas em 9 de junho, foi também convidado a participar de outro evento na União Europeia, o Friends of Europe, que propõe reflexões sobre políticas para enfrentar os desafios contemporâneos.




"Decidi tomar uma iniciativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas e abri a ONG no intuito de salvar vidas, derrotando a pobreza e fornecendo ferramenta aos mais vulneráveis quanto à fome, a doenças e à violência”

.Louison Mbombo,
estudante de medicina da UFMG


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