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Estado de Minas

Pedágio na BR-135 estreia com fila, reclamações e protesto

Além de protestar contra os valores, motoristas e caminhoneiros reclamaram também da demora para pagar a tarifa e transpor as praças de pedágio


postado em 02/04/2019 06:00 / atualizado em 02/04/2019 09:03

Preço da tarifa e filas irritaram motoristas no primeiro dia (foto: Reprodução da internet/WhatsApp)
Preço da tarifa e filas irritaram motoristas no primeiro dia (foto: Reprodução da internet/WhatsApp)
Motoristas que viajam entre o Norte de Minas e Belo Horizonte agora têm uma despesa a mais. Começou ontem, em meio a polêmica e protestos, a cobrança do pedágio na BR-135, entre Montes Claros e o entroncamento com a BR-040, no município de Curvelo. A concessionária é a Eco 135, empresa que, por meio de licitação feita na gestão anterior do governo do estado, recebeu a concessão da estrada por 30 anos. Os valore variam de R$ 7,20 a R$ 43,20, (caminhão com seis eixos). Foram instaladas cinco praças de cobrança no trecho de 325,7 quilômetros.

Além de protestar contra os valores, motoristas e caminhoneiros reclamaram também da demora para pagar a tarifa e transpor as praças de pedágio. Na praça entre Montes Claros e Bocaiuva – Km 399, houve até buzinaço dE condutores.

Com o preço a R$ 7,20, os motoristas de carros de passeio vão ter que desembolsar R$ 36 NAS cinco praças entre Montes Claros e o entroncamento com a BR-040, em Curvelo. Com o pagamento da tarifa na praça de cobrança do 040 em Sete Lagoas (R$ 5,20), a “despesa extra” da viagem entre cidade-polo do Norte de Minas e a capital (430 quilômetros) fica em R$ 41,20 para carros de passeio.

As queixas de motoristas foram muitas, e partiram sobretudo de moradores de Bocaiuva que precisam se deslocar para trabalhar em Montes Claros (a 43 quilômetros). É o caso do servidor público Jairo Roberto Torres. “Não sei se o valor do pedágio foi baseado nas reformas da estrada ou em serviços que ainda serão feitos. Mas considero o preço de R$ 7,20 fora da realidade econômica e social do Norte de Minas. Se fosse numa região rica, tudo bem. Mas é uma região carente”, afirma. Ele disse que na manhã de ontem teve que esperar meia hora na fila do pedágio.

A demora gerou protestos e buzinaço. O produtor rural Arksonides Marcos Oliveira, de 54, dono de um sítio na comunidade de Catarina, onde foi instalada a plataforma de cobrança de pedágio em Bocaiuva, disse que as cerca de 20 famílias da localidade estão revoltadas com a tarifa.

“Existe agricultor que precisa fazer duas viagens em carro pequeno a Bocaiuva, duas vezes por dia. Assim, só com pedágio, a despesa será de R$ 28,80”, reclama Arkonides. Segundo ele, um grupo de pequenos produtores rurais de Catarina já pensa em juntar recursos e construir uma “estrada vicinal alternativa”, para desviar da praça de cobrança.

O preço do pedágio já gerou vários protestos entre vereadores de Bocaiuva. O assunto também será abordado em audiência pública da Assembleia Legislativa, na quinta-feira. O deputado estadual Arlen Santiago anunciou ter encaminhado pedido ao Ministério Público, em níveis estadual e federal, para que ingressem com ação civil pública, exigindo que, até que a BR seja duplicada, os valores do pedágio sejam reduzidos à metade.

INVESTIMENTOS
Em nota, a concessionária Eco 135 informou que “o cálculo da tarifa leva em conta a relação de receitas, despesas e investimentos ao longo de todo o período de concessão”. Segundo a concessionária, a tarifa foi definida em edital, em 2017, com o valor-base de R$ 6,26, que “corrigido pelo IPCA acumulado no período, ficou em R$ 7,20”. A empresa sustenta que a BR-135 foi revitalizada e que os usuários contam desde dezembro “com prestação de serviços como guincho e ambulância”. Informou ainda que o contrato prevê R$ 3,6 bilhões em investimentos na rodovia e serviços operacionais. Desse total, R$ 2,2 bilhões serão investidos em ampliação de grande porte, como a duplicação de 136 quilômetros e construção do contorno de Cordisburgo, até 2023.

 

Detran fixa prazo para licenciamento


Proprietários de veículos com placas de final de 1 a 5 registrados em Minas devem regularizar o licenciamento até 31 de julho. Para donos de carros com placas final de 6 a 0 o prazo termina em 31 de agosto. O calendário foi divulgado ontem pelo Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG). O prazo para pagamento da taxa de licenciamento, de R$ 102, terminou ontem. “O cidadão que não quitar em dia passa a pagar multa”, informou o diretor do Detran, Kleyverson Rezende. Para a emissão do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), é necessário quitar os débitos com o Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), seguro obrigatório, taxa de licenciamento e eventuais multas. Quando não há débitos ou outros impedimentos, o Dentran envia, por meio dos Correios, o documento para o endereço do motorista. A falta de licenciamento acarreta multa de R$ 293,43, sete pontos na carteira e remoção do veículo.


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