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Estado de Minas

Se captação no Paraopeba não for retomada, 30% da população de BH pode ficar sem água

Conforme gerente geral da Divisão de Produção da Bacia do Paraopeba, o limite máximo para a volta do abastecimento é de 1 anos e 6 meses


postado em 27/03/2019 21:28 / atualizado em 27/03/2019 21:35

Captação de água no Rio Paraopeba para abastecer a Grande BH começou em 2015(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Captação de água no Rio Paraopeba para abastecer a Grande BH começou em 2015 (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)

Cerca de 30% da população de Belo Horizonte poderá ficar sem água, caso a captação no Rio Paraopeba pela Copasa não seja retomada em até um ano e meio. A previsão é do gerente geral da Divisão de Produção da Bacia do Paraopeba, Paulo Diniz, que participou de uma visita técnica da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Barragens da Câmara de BH, nesta terça-feira. Desde 25 de janeiro, quando a barragem b1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, rompeu-se, a captação foi suspensa no local. 

Atualmente, a Região Metropolitana de Belo Horizonte vem sendo abastecida por outras três represas do Sistema Paraopeba: Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores - em condições normais, o sistema capta 11 mil litros de água por segundo. O fornecimento em BH também se mantém pela captação do Rio das Velhas, que é responsável por 49% da Região Metropolitana e 70% da capital mineira. 

No entanto, segundo Diniz, a paralisação não prejudicou o abastecimento de BH e da Região Metropolitana. “Temos capacidade de abastecimento por 20 meses, em condições normais de chuva. Precisamos de um posicionamento sobre a qualidade da água para o retorno ou não da captação até o meio deste ano: julho, agosto. Se o sistema não retomar ou se não for criada uma alternativa, pode haver problemas no abastecimento”.

Questionado pelo vereador Irlan Melo (PR), relator da CPI, se não seria possível obter água em outro local, caso não seja retomada a captação no Paraopeba, o gerente disse que a Copasa está estudando alternativas e viabilidades em pontos mais próximos à nascente. “Estamos em constante conversa com a Vale para acharmos uma resposta”, afirma Diniz.

INVESTIMENTO| O Sistema Paraopeba, foi construído em 2015 para suprir a escassez hídrica do período, por falta de chuva. Desde aquele ano, o sistema já captou mais de 217 milhões de m³ de água. A obra gerou um custo de R$128 milhões aos cofres públicos. 

Alerta máxima

Atualmente, é o Reservatório de Rio Manso que está garantindo o abastecimento de 30% da população da capital mineira, já que a bacia está com mais de 75% de sua capacidade. A situação pode mudar caso a barragem da Mina Serra Azul, localizada em Itatiaiuçu, na Região Central, entre em colapso.

Segundo o representante do Comitê Gestor da Bacia do Rio Paraopeba, Heleno Maia, que também compareceu à vistoria, em situação de rompimento, todo o rejeito contido na barragem cairá no no Sistema do Rio Manso. A estrutura está na lista das barragens mineiras com risco de rompimento. 

Outro ponto que ligou o alerta nos integrantes da CPI é a mineração na área do Taquaril, localizada na região em que se encontra a Estação de Tratamento da Copasa no Rio das Velhas. “A mineração pode afetar a captação no Sistema Velhas. Se romper qualquer barragem ali, acaba a água em Belo Horizonte”, afirmou o presidente da CPI, vereador Edmar Branco (Avante). 

*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa



 


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