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Estado de Minas

Vale assina TAC com medidas para garantir abastecimento de água em Pará de Minas

Devido ao rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o Rio Paraopeba acabou poluído. Por causa disso, a captação no manancial foi suspensa


postado em 18/03/2019 17:03 / atualizado em 18/03/2019 18:19

Rio Paraopeba recebeu os milhões de rejeitos de mineração que desceram da barragem que se rompeu em Brumadinho(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Rio Paraopeba recebeu os milhões de rejeitos de mineração que desceram da barragem que se rompeu em Brumadinho (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

O rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, provocou danos ambientais no Rio Paraopeba. Por causa disso, o consumo da água do manancial foi proibido. Uma das cidades que tinha como a principal fonte de captação o rio é Pará de Minas, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais. Para evitar o recurso deixe de chegar nas casas dos moradores, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado entre a prefeitura a Vale, e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Uma adutora de aproximadamente 50 quilômetros será construída e a captação será feita no Rio Pará.

O TAC estava sendo discutido desde a última semana, mas foi assinado nesta segunda-feira. As medidas acordadas foram comemoradas pelo prefeito Elias Diniz, de Pará de Minas. “Considero um marco para Pará de Minas e toda região. Deixamos de captar, vamos considerar os 284 litros por segundo do Rio Paraopeba, e agora vamos ter uma nova opção, que vem do Rio Pará. Além do Rio Pará, será feito um reservatório com no mínimo 50 milhões de litros de água. Postos artesianos  serão perfurados para complementar justamente o período de estiagem. Ainda teremos uma outra alternativa, se necessário for, uma captação através dos caminhões-pipa em Itaúna”, afirmou.

De acordo com o prefeito, dentro de 60 dias, um novo reservatório será construído. “Equipes da Vale já estão no Ribeirão dos Moreiras no sentido de fazer uma canaleta que vai direcionar a água para o reservatório”, disse. “O que queremos é proteger a população daquilo que foi retirado da gente”, complementou.

Para mudar a captação, será construída uma adutora de aproximadamente 50 quilômetros de extensão. Ela vai passar pela área rural da cidade. “As obrigações principais foram aceitas pela Vale, então vamos aguardar a execução”, afirmou o promotor Delano Azevedo Rodrigues, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). “A preocupação nesta primeira atuação foi assegurar o fornecimento de água para a população, pois sem a captação do Paraopeba nós teríamos a falta de água neste ano e nos anos vindouros. A perspectiva é que o rio fique sem a capacidade de captar por diversos anos”, finalizou o promotor.

O prefeito de Pará de Minas e outros administradores de cidades da região vão se encontrar nesta terça-feira para discutir os problemas ambientais provocados pelo desastre em Brumadinho.

Por meio de nota, a Vale detalhou quais medidas irá tomar na cidade. “De acordo com o termo, a Vale se compromete a construir, até o primeiro semestre 2020, uma adutora com cerca de 50 km de extensão que captará água do rio Pará (não atingido pelos sedimentos da barragem B1) para atendimento direto do município. A vazão a ser captada será de 284 l/s, exatamente a mesma quantidade que o município captava no rio Piracicaba antes do rompimento da barragem”, informou.

“Para garantir o abastecimento já para o próximo período de estiagem, a empresa se comprometeu a executar várias ações, tais como perfuração de novos poços artesianos bem como manutenção dos já existentes e nova captação no córrego dos Moreira, para ser interligada na tubulação já existente do rio Paraopeba. O prazo para a conclusão dos poços e da nova captação do córrego é junho deste ano”, finalizou.


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