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Estado de Minas

Trânsito é alterado no Prado para rescaldo de incêndio em empresa têxtil

Mancha negra que se espalhou pelo céu azul de BH na manhã de ontem chamou a atenção de moradores de diferentes regiões. Bombeiros fazem rescaldo hoje


postado em 11/03/2019 08:20 / atualizado em 11/03/2019 08:58

Ver galeria . 11 Fotos Fumaça preta vista do Bairro Prado Matheus Adler/EM/D;A/Press
Fumaça preta vista do Bairro Prado (foto: Matheus Adler/EM/D;A/Press )


A segunda-feira começou com trânsito lento em vias do Bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte. Bombeiros ainda trabalham no imóvel de uma empresa têxtil que pegou fogo na manhã de domingo e, em função disso, algumas faixas precisaram ser interditadas na Avenida Tereza Cristina e no Viaduto Itamar Franco. 

Segundo a BHTrans, por volta das 8h, havia uma faixa interditada em cada uma das vias. As linhas 34 (Estação Barreiro/Via Expressa), 4033 (Camargos/Centro), 8405 (Palmares/Bela Vista), 9410 (Sagrada Família/Coração Eucarístico) e 9412 (Conjunto Taquaril/Padre Eustáquio) não tiveram os itinerários modificados, mas são monitoradas pela empresa de trânsito. 

Nesta manhã, ainda havia fumaça na loja da Ematex Têxtil. Às 17h de ontem, o Corpo de Bombeiros informou que o fogo estava completamente controlado, mas equipes continuaram no local de prontidão para evitar que as chamas retornassem. 



Segundo funcionários, o imóvel, situado na Avenida Tereza Cristina, no Bairro Prado, Região Oeste de BH, funcionava com uma loja de tecidos no atacado, destinados à indústria da confecção. Há 17 anos, outro incêndio de grandes proporções destruiu o Canecão Mineiro, localizado a menos de 300 metros da Ematex, deixando sete mortos e 197 feridos. O Corpo de Bombeiros não informou se a edificação tem Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).

Nenhum funcionário da empresa ficou ferido. Porém, de acordo com a Polícia Militar (PM), enquanto bombeiros combatiam as chamas, uma parte do teto de um dos setores da loja chegou a desabar. Um grupo de pelo menos quatro bombeiros estava no local e um deles, que é sargento, foi encaminhado para o Hospital Vera Cruz, por causa de um problema no ombro em decorrência do desabamento. Os trabalhos contaram com a participação de 60 militares, em 14 viaturas, inclusive usando a escada Magirus. De acordo com o aspirante Thales Lucena, ainda não se sabe o que causou o incêndio. “O vigia notou fumaça saindo da edificação. Não temos como falar o local exato onde começou porque, quando chegamos, o fogo já estava alastrado”, afirma o militar.

Fumaça ainda era vista no local do incêndio na manhã desta segunda-feira(foto: Déborah Lima/Divulgação)
Fumaça ainda era vista no local do incêndio na manhã desta segunda-feira (foto: Déborah Lima/Divulgação)

(foto: Déborah Lima/Divulgação)
(foto: Déborah Lima/Divulgação)


De acordo com um dos funcionários do grupo Ematex, a fábrica onde os tecidos são produzidos fica em Ribeirão das Neves, na Grande BH. Ainda conforme o mesmo funcionário, por ser domingo, havia apenas um vigia no local, que teria acionado os bombeiros quando percebeu o fogo. A situação gerou uma corrida de funcionários tentando salvar todo tipo de documentos da área administrativa. A reportagem tentou contato com a empresa, mas ninguém quis falar oficialmente pela companhia.

O local do incêndio fica bem ao lado do pontilhão da linha férrea do metrô de Belo Horizonte, mas o transporte não precisou ser interrompido, apesar da fumaça e do calor. Trens da VLI também circularam normalmente pelo trecho. A PM precisou interditar o trânsito na alça lateral ao Viaduto Itamar Franco no sentido Centro. Na parte de cima do elevado o trânsito fluiu normalmente em ambos os sentidos.

A densa fumaça pôde ser vista de várias partes da capital, assustando moradores. Pelo menos 60 militares, em 14 viaturas, participaram dos trabalhos de combate ao fogo(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A PRESS)
A densa fumaça pôde ser vista de várias partes da capital, assustando moradores. Pelo menos 60 militares, em 14 viaturas, participaram dos trabalhos de combate ao fogo (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A PRESS)


FUMAÇA VISTA NA CIDADE A fumaça densa produzida pelo incêndio chamou a atenção de moradores de vários bairros de BH, inclusive distantes do ponto onde as chamas consumiam o imóvel. Imagens aéreas do Corpo de Bombeiros também deram a dimensão do incêndio, que se destacou de forma a ser visto em vários lugares. Quem passava pelo local do fato se assustou não só com as labaredas e a fumaça, mas também com o calor gerado nas imediações. “Nunca vi uma coisa dessas. As chamas transformaram a empresa em pó, não sobrou nada”, disse o ciclista Robert Nascimento, de 42 anos. Vários curiosos pararam para observar a evolução do incêndio, como o administrador Ricardo Noronha, de 51. “Moro no Prado e, quando vi a fumaça, cheguei aqui perto para saber se alguém morreu ou ficou ferido. Pelo menos isso não ocorreu”, disse ele. Morador do Carlos Prates, Fernando Gomes, de 48, diz que viu a fumaça e saiu de casa para ver de perto o que era. “Uma pena ver a destruição que o fogo causou. Muito triste”, afirmou. A Polícia Civil faria uma perícia no local.

Memória
Sete mortos no Canecão

A menos de 300 metros da loja da Ematex, que foi completamente destruída pelas chamas, outro incêndio de grandes proporções deixou marcas na cidade de Belo Horizonte, há 17 anos. Em 24 de novembro de 2001, sete pessoas morreram e 197 ficaram feridas quando o fogo destruiu a casa de shows Canecão Mineiro, que ficava na Avenida Tereza Cristina, 179. O imóvel da Ematex destruído fica na mesma avenida, porém no número 445.


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