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Estado de Minas

Chuvas dificultam liberação de estradas em Córrego do Feijão

Por enquanto, a Vale abriu uma passagem provisória por dentro da Mina da Jangada, mas esse caminho deverá ser fechado novamente


postado em 18/02/2019 06:00 / atualizado em 18/02/2019 08:06

Temporal ontem atrasou o trabalho de máquinas e bombeiros em estrada de acesso ao Córrego do Feijão, em Brumadinho(foto: Túlio Santos/EM/DA Press)
Temporal ontem atrasou o trabalho de máquinas e bombeiros em estrada de acesso ao Córrego do Feijão, em Brumadinho (foto: Túlio Santos/EM/DA Press)


Brumadinho – A construção da ponte metálica que promete restabelecer o caminho devastado pela lama da Vale na rodovia que liga Brumadinho aos distritos de Córrego do Feijão, Casa Branca e Piedade do Paraopeba não é a única solução necessária para retomar os caminhos normais que eram usados pela população da cidade da Grande BH e seus vilarejos. Mesmo com a instalação da ponte na rodovia em Alberto Flores, moradores do Córrego do Feijão ainda terão que dar uma volta por Casa Branca e Piedade do Paraopeba antes de chegar em Brumadinho se não quiserem transitar uma área. A ligação direta com Córrego do Feijão ainda depende de licenciamento ambiental. Por enquanto, a Vale abriu uma passagem provisória por dentro da Mina da Jangada, mas esse caminho deverá ser fechado novamente quando a ponte metálica estiver liberada.

Ontem, pelo menos sete máquinas escavadeiras contratadas pela mineradora atuavam na retirada da lama em um dos trechos da estrada que liga do povoado do Córrego do Feijão a uma das saídas para a estrada de Casa Branca. Com as chuvas do fim de semana, os funcionários comentaram que parte do trecho que havia sido liberado no dia anterior voltou a ficar coberto pela lama.

O trabalho é considerado complicado e lento pelos operários uma vez que todas as máquinas funcionam com um operador de máquina e um agente do Corpo de Bombeiros. A cada retirada de terra, os bombeiros conferem se corpos das vítimas estão no meio da terra. Caso eles encontrem algo, a escavadeira é paralisada e a equipe dos bombeiros verificam se existem vítimas.

DESVIO
A Vale prometeu a ponte em Alberto Flores no prazo de três semanas. Esse acesso vai permitir, segundo o coordenador da Defesa Civil de Brumadinho, Lucas Lara, que os motoristas deixem a sede do município para ir para Piedade do Paraopeba, Aranha, Casa Branca e Córrego do Feijão em um trajeto entre 45 e 50 quilômetros. Antes da lama varrer o caminho por onde passou, a distância do Córrego do Feijão a Brumadinho era de 23Km, segundo Lara. O trajeto passava ao lado do pontilhão que teve uma parte arrancada pela lama e se tornou um dos maiores símbolos da destruição provocada pela Vale. “A mineradora ainda precisa conseguir o licenciamento da nova estrada que substituirá a antiga”, diz Lara. O trecho anterior à lama também servia de acesso à Pousada Nova Estância, mas foi riscado do mapa a partir do rompimento da barragem.

Como paliativo para evitar os transtornos, a Vale liberou desde a última quinta-feira o trânsito pela Minas da Jangada para evitar a volta de quem vive no Córrego do Feijão. “A decisão para autorização do acesso foi tomada em conjunto com a Defesa Civil, responsável atualmente pela gestão da área. Foram feitas alterações na via para a segurança dos condutores. O trajeto vai facilitar o acesso de comunidades rurais ao centro da cidade, até que a obra da ponte para restauração do trânsito na Avenida Alberto Flores seja concluída no prazo de aproximadamente três semanas”, informou a empresa por meio de nota.

A Vale também disse que tem feito trabalhos de melhorias e manutenção nas estradas de Córrego do Feijão para Cantagalo, de Cantagalo para Melo Franco e de Casa Branca para Mina de Jangada. Já a manutenção na estrada de Casa Branca para Mina de Jangada ocorre sempre que necessário, conforme a empresa. “Sobre mobilidade das comunidades do entorno de Brumadinho, além da obra na Avenida Alberto Flores, estão em andamento medidas de manutenção nas principais estradas e vias que dão acesso à cidade. Outras intervenções serão avaliadas junto com autoridades locais”, segundo a Vale. (Colaborou Marcelo da Fonseca)


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