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Estado de Minas

Força Nacional já apoia trabalhos de resgate em Brumadinho

Um desses grupos, composto por 12 agentes da Força Nacional ao lado de oito bombeiros, foi acompanhado pela reportagem do Estado de Minas


postado em 04/02/2019 06:00 / atualizado em 04/02/2019 08:45

Agentes federais se uniram ontem aos bombeiros que atuam nas buscas por vítimas da catástrofe(foto: Túlio Santos/EM/DA Press)
Agentes federais se uniram ontem aos bombeiros que atuam nas buscas por vítimas da catástrofe (foto: Túlio Santos/EM/DA Press)


As buscas por vítimas do rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, seguiram ontem com reforços de agentes e cães farejadores da Força Nacional de Segurança Pública, ao lado do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. A Força pode operar na chamada área quente, que é a mais crítica, por contar não apenas com policiais militares e civis, mas também com bombeiros de elite de vários estados. O forte calor desde a última chuva, há uma semana, fez com que grande extensões de lama e rejeitos se solidificassem em blocos de placas trincadas, que lembram o solo sertanejo. Com isso, as equipes de buscas puderam ampliar seu raio de ação, revisitando com os cães espaços antes acessíveis apenas por meio de rastejamento.

As equipes aproveitaram essa condição para percorrer áreas do refeitório de funcionários da mineradora Vale, o entorno do ônibus que foi desenterrado e onde foram resgatados dois corpos e os arredores de moradias desintegradas pela avalanche de lama e rejeitos na pequena comunidade de Córrego do Feijão. Havia bombeiros até no meio do grande vale formado pela passagem do tsunami de destruição, em locais onde antes um rio havia se constituído. De acordo com os socorristas que atuaram nas operações de ontem, o esgotamento da barragem de água que ameaçava ruir dentro da mineradora ajudou a ampliar a área de buscas.

Um desses grupos, composto por 12 agentes da Força Nacional ao lado de oito bombeiros, foi acompanhado pela reportagem do Estado de Minas. Nas proximidades das moradias arrasadas em Córrego do Feijão, eles chegaram a escavar alguns pontos onde os cães indicaram a presença de algo em estado de putrefação, o que era reforçado pelo sobrevoo de urubus. Os bombeiros chegaram a afundar até a cintura nessa operação de busca. Usando primeiro uma pá pequena e enxadas, os resgatistas passaram a ampliar essa área de procura com pás maiores, mas a localização de um corpo foi descartada, sendo maior a probabilidade de se tratar de animais mortos nessa área de fazendas, como bois, bezerros, cavalos e porcos.

Outra área que tem sido intensamente vasculhada desde o primeiro dia são os setores administrativos e de operação da mineradora Vale. Pelo menos quatro escavadeiras anfíbias, que conseguem se deslocar na lama, e regulares, com esteiras, revolvem o barro que encobre pátios e estruturas. Em volta, bombeiros usam bastões para sondar o solo atrás de vítimas ou indícios de estruturas onde mais buscas possam ser feitas.

IDENTIFICAÇÕES Ontem, o Instituto Médico-Legal (IML) identificou mais oito corpos resgatados na área. Com isso, o número de vítimas cujos nomes foram divulgados pela Polícia Civil passou para 107 – 88,4% dos 121 mortos contabilizados pelo Corpo de Bombeiros. Outras 212 pessoas continuam desaparecidas, enquanto 395 foram encontradas vivas.

Segundo a Polícia Civil, o IML já liberou a maioria dos corpos identificados. Onze permanecem no local, aguardando retirada por parte de parentes. São eles: Alexis César Jesus Costa, Cláudio Márcio dos Santos, Dennis Augusto da Silva, Izabela Barroso Câmara, Lenilda Cavalcante Andrade, Leonardo Pires de Souza, Letícia Mara Anizio de Almeida, Lourival Dias da Rocha, Lúcio Rodrigues Mendanha, Rodney Sander Paulino Oliveira e Sebastião Divino Santana. Os corpos de Letícia Rosa Ferreira Arrudas e Rangel do Carmo Januário deverão ser retirados pelas funerárias designadas para seus enterros, de acordo com nota da corporação.


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