(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Começa o cadastro de famílias de vítimas que receberão R$ 100 mil da Vale

Atendimento começou às 14h15 e se dá por ordem alfabética. Hoje serão atendidas as famílias dos atingidos com nomes iniciados em A e B


postado em 31/01/2019 15:22 / atualizado em 31/01/2019 15:36

Claudinete Euflavia do Carmo Miranda veio ao local na tentativa de fazer o cadastro. Ela é casada com o operador de máquinas Wagner Walmir Miranda, que está desaparecido(foto: Jair Amaral/EM/D.A. Press)
Claudinete Euflavia do Carmo Miranda veio ao local na tentativa de fazer o cadastro. Ela é casada com o operador de máquinas Wagner Walmir Miranda, que está desaparecido (foto: Jair Amaral/EM/D.A. Press)
Brumadinho - O cadastramento das famílias dos atingidos pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão, para receber a doação da Vale no valor de R$ 100 mil começou na tarde desta quinta-feira, 31, na Estação do Conhecimento, em Brumadinho. O atendimento começou às 14h15 e se dá por ordem alfabética. Hoje serão atendidas as famílias dos atingidos com nomes iniciados em A e B. 

A estrutura foi montada no subsolo da Estação do Conhecimento e são distribuídas senhas de acordo com a ordem de chegada. Claudinete Euflavia do Carmo Miranda veio ao local na tentativa de fazer o cadastro. Ela é casada com o operador de máquinas Wagner Walmir Miranda, que está desaparecido. “Meu atendimento é só na semana que vem, mas aproveitei que já estou aqui pra tentar fazer. Não posso andar muito por conta de uma cirurgia que fiz na perna e já queria aproveitar a vinda até aqui”.

Claudinete conta que tem dois filhos com Wagner, um de 12 anos e outro de 7, que choram todos os dias pela falta do pai. “Eles falam, mamãe, tá doendo. Eu quero o papai, quero brincar de cavalinho com ele. Eu não sei nem o que pensar desse dinheiro que a Vale vai dar pra gente, mas acho que pelo menos é uma forma de eu tentar continuar com a educação e a vida que o meu marido conseguia dar pra gente. Eu não trabalhava, a renda que tínhamos era apenas o salário dele”, conta.

No local também há uma equipe do sindicato dos oficiais de registro de Minas Gerais, que tentam agilizar a emissão de segunda via de certidões (nascimento, casamento e óbito).

De acordo com uma das atendentes, Leila Xavier, as certidões ficam prontas no mesmo dia. “Geralmente, a segunda via da certidão de nascimento demora até 35 dias para ficar pronta e aqui conseguimos entregar em até quatro horas”, explica. Para fazer o documento, o familiar precisa informar o nome completo da vítima, filiação, data de nascimento e o cartório onde foi feita a primeira via do registro.

A Vale leva 48 horas pra avaliar a documentação. Se estiver conforme o texto prevê,  levará  três dias pra cair na conta. Para os familiares que não têm conta em banco, funcionários do Banco do Brasil estão no local para fazer a abertura e facilitar o processo. 

O defensor público Gerio Patrocínio Soares faz um alerta aos familiares e diz que “a doação de R$ 100 mil proposta pela Vale não tem caráter indenizatório. Isso não é uma antecipação de indenização.”


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)