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Estado de Minas

Justiça já bloqueou R$ 11 bilhões da Vale para ressarcir danos em Brumadinho

Esse é o terceiro bloqueio de valores da mineradora. De acordo com os autores do pedido, a mineradora obteve proveito econômico da exploração na região e têm que arcar com o ônus do desastre


postado em 27/01/2019 14:02 / atualizado em 27/01/2019 14:16

(foto: Mauro PIMENTEL/AFP)
(foto: Mauro PIMENTEL/AFP)


A Justiça mineira determinou o terceiro bloqueio de valores da mineradora Vale, desde o rompimento das barragens da Mina Córrego do Feijão, no município de Brumadinho (MG), na tarde de sexta-feira (25). No total, até o momento, a empresa responsável pelo empreendimento terá que dispor de pelo menos R$ 11 bilhões para ressarcir danos e perdas de forma geral.

Este último pedido acatado pela justiça ontem (26) foi apresentado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que definiu o valor de R$ 5 bilhões, seria exclusivamente para garantir reparação de danos causados às vítimas.

Os promotores Maria Alice Costa Teixeira, Marcelo Schirmer Albuquerque, Cláudia Spranger e Márcio Rogério de Oliveira, que assinaram a ação, destacaram que além de danos materiais, as vítimas sofreram “evidentes e notórios os danos morais, psicológicos, emocionais, comunitários, de saúde e culturais”.

Ver galeria . 12 Fotos Grupo percorre área onde ficava pousada Nova Estância, que fica próxima à barragem da Vale e foi destruída com a passagem dos rejeitos de minérioMateus Parreiras/EM
Grupo percorre área onde ficava pousada Nova Estância, que fica próxima à barragem da Vale e foi destruída com a passagem dos rejeitos de minério (foto: Mateus Parreiras/EM )


De acordo com os autores do pedido, a mineradora obteve proveito econômico da exploração na região e têm que arcar com o ônus do desastre. No pedido, eles apontam que, segundo informações da própria empresa, apenas no 3º trimestre de 2018 a Vale obteve lucro líquido recorrente de R$ 8,3 bilhões e, diante do ocorrido, é fundamental que tais valores não sejam distribuídos entre os acionistas e investidores da empresa, mas sim revertidos para as medidas de recuperação ambiental e reparação dos danos.

O MPMG defende que a mineradora se responsabilize pelo acolhimento, abrigamento em hotéis, pousadas, imóveis locados, arcando com os custos relativos ao traslado, transporte de bens móveis, pessoas e animais, além de total custeio da alimentação, fornecimento de água potável. Para este atendimento, os promotores ainda orientam que pessoas atingidas sejam ouvidas sobre o melhor local e forma de abrigo para cada família.

Ver galeria . 34 Fotos Rompimento de rejeitos da Barragem 1 da Mina Feijão, da Mineiradora Vale, em Brumadinho, Grande BH Alexandre Guzanshe/EM/D.A press
Rompimento de rejeitos da Barragem 1 da Mina Feijão, da Mineiradora Vale, em Brumadinho, Grande BH (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A press )


Em decisão anterior, também nesse sábado, o Judiciário mineiro já havia bloqueado R$ 5 bilhões para a reparação de danos ambientais. No mesmo dia, o juiz Renan Chaves Carreira Machado, responsável pelo plantão judicial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em Belo Horizonte, ordenou o bloqueio de outros R$ 1 bilhão da mineradora. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ainda multou a Vale em R$ 250 milhões.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


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