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Estado de Minas

Campanha em redes sociais pede ajuda para tratar câncer de articulador do trem Minas-Rio

Ação busca recursos para ajudar Paulo Henrique, articulador de viagem turística por trilhos entre Minas e o Rio, a continuar o tratamento na cidade de Três Rios


postado em 03/11/2018 06:00 / atualizado em 03/11/2018 15:19

Paulo Henrique diante de vagões que farão o percurso turístico, em dia de viagem-teste: início da operação foi adiado por causa da doença (foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A 19/5/18)
Paulo Henrique diante de vagões que farão o percurso turístico, em dia de viagem-teste: início da operação foi adiado por causa da doença (foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A 19/5/18)

Um trem de esperança, carregado de solidariedade, está partindo de uma estação muito especial: o coração dos amigos de Paulo Henrique do Nascimento, de 45 anos, mineiro de Juiz de Fora, na Zona da Mata. Presidente da organização não governamental (ONG) Amigos do Trem – e à frente do projeto turístico que vai ligar, pelos trilhos, Minas ao Rio de Janeiro (RJ) –, Paulo Henrique se encontra num momento delicado da vida: depois do tratamento contra câncer nos pulmões, em 2014, a doença voltou a acometê-lo, conforme constatado numa série de exames e consulta médica na semana passada.


Para ajudar no tratamento contra o câncer realizado em Três Rios (RJ), os familiares de Paulo Henrique lançaram uma campanha nas redes sociais (WhatsApp, Facebook e Instagram) a fim de obter recursos. “Ele está reagindo bem à quimioterapia e mantendo a tranquilidade, dentro do possível. Há muita gente rezando para ficar bom logo e dando ajuda, pois já foi feita a primeira sessão de quimioterapia”, contou, ontem, Cyntia Nascimento, sobrinha de Paulo Henrique que atua nas áreas de comunicação e assistência social da ONG.

Em março, o Estado de Minas publicou uma matéria sobre o projeto do trem turístico e, dois meses depois, outra reportagem e um vídeo, feito pelo repórter fotográfico Edésio Ferreira, de grande repercussão na internet: foi compartilhado mais de 11 mil vezes e alcançou mais de 1 milhão de pessoas. A equipe do jornal acompanhou a viagem-teste em 19 de maio de 2018, partindo de Recreio rumo a Cataguases, ambos municípios da Zona da Mata. Na época, Paulo Henrique afirmou: “Queremos atrair todos os passageiros, não só das regiões mineira e fluminense, mas de todo o Brasil. Será uma viagem prazerosa. Temos certeza de que esse resgate do trem terá impacto positivo na economia dos municípios”.

Quando o trem entrar em operação, sempre nos fins de semana, entre Cataguases e Três Rios, incluindo oito municípios, os 870 passageiros poderão ver pelos janelões da locomotiva muitos atrativos das terras mineiras e fluminenses, como fazendas centenárias, monumentos históricos, a represa de Furnas, estações e parte das cidades de Leopoldina, Recreio, Volta Grande, Além Paraíba, Chiador e Sapucaia.

NOS TRILHOS

A expectativa era de que o trem Rio-Minas entrasse em operação ainda este ano, mas, com a doença de Paulo Henrique, a viagem inaugural foi adiada. Criada em 2001 para resgatar o transporte ferroviário, a ONG Amigos do Trem deu a largada decisiva para pôr o trem nos trilhos em 2015. O investimento, totalmente privado, atingiu R$ 1 milhão, contando com o apoio da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que cedeu o trecho ferroviário, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), com a oferta de duas locomotivas e equipamentos, e do Sebrae Rio, responsável por um plano de negócios para a região.

Já os vagões fabricados na Romênia, agora pintados de azul e com plotagem dos patrocinadores, foram adquiridos da Vale, no valor de R$ 603 mil, pelo grupo de supermercados Bramil, de Três Rios, que fez a doação para a Amigos do Trem. Na viagem-teste, Paulo Henrique fez questão de destacar o acompanhamento do Ministério Público Federal, “por meio do procurador da República Fernando de Almeida Martins”.

Para o entusiasta do transporte ferroviário, a circulação do trem não tem caráter saudosista, e pode aquecer a economia, já que, no entorno da ferrovia, vivem cerca de 900 mil pessoas. Com o início das operações do Rio-Minas, deverão ser gerados em torno de 500 empregos diretos e indiretos. Ao fim da viagem, Paulo Henrique destacou os entendimentos com empresas de turismo para a criação de futuros pacotes de viagens. A médio prazo, existe a possibilidade de ser incorporado um novo ramal, com as estações dos distritos de Palma, também na Zona da Mata. Sobre o ineditismo turístico da iniciativa em escala interestadual, Paulo Henrique esclarece que o trem da Vale, que faz o trajeto BH-Vitória-ES, não se enquadra nessa categoria, por ser regular de passageiros, e outros, a exemplo da linha Curitiba-Morretes, trafegam apenas 70 quilômetros no território paranaense.

AJUDA

Para quem quiser colaborar, há uma conta em nome de Paulo Henrique do Nascimento, na Caixa Econômica Federal (CEF). O número da conta é 26192-6, agência 3398, operação 013. No Facebook e Instagram, os interessados podem acessar ong amigos do trem.


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