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Estado de Minas

Polícia acredita que sequestro de família de gerente de banco foi feito por profissionais

As vítimas foram feitas reféns com o objetivo de retirar dinheiro do cofre da agência, o 'Crime do sapatinho'. Três suspeitos de participação no crime foram presos na noite de sexta-feira


postado em 20/10/2018 06:00 / atualizado em 20/10/2018 07:50

Mulher do gerente e os filhos foram encontrados bem e sem ferimentos em praça de Belo Horizonte (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press.)
Mulher do gerente e os filhos foram encontrados bem e sem ferimentos em praça de Belo Horizonte (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press.)

A ação eficiente das polícias Militar e Civil colocou fim ao sequestro de uma família e da empregada de um gerente do Banco do Brasil cometido por bandidos em Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Três suspeitos foram detidos na noite de ontem. As vítimas foram feitas reféns com o objetivo de retirar dinheiro do cofre da agência, o “crime do sapatinho”. O delegado Ramon Sandoli, da Delegacia Antissequestro da Polícia Civil, acredita que sejam bandidos profissionais nessa modalidade, possivelmente de Minas Gerais. Ao perceberem que a ação foi frustrada pela presença das polícias Civil e Militar na agência bancária, o grupo liberou a empregada em Ribeirão das Neves, na Grande BH, e a família na Praça São Vicente, no Bairro Padre Eustáquio, Região Noroeste de Belo Horizonte.


Tudo começou na noite de quinta-feira. O gerente do Banco do Brasil saía do trabalho, por volta das 18h, quando percebeu que seu carro estava com o pneu furado. Quando se abaixou para conferir, foi abordado e rendido por dois criminosos. De lá, os três foram até a casa do gerente, onde também foram mantidos reféns sua esposa e dois filhos do casal, de 6 e 12 anos. Por volta das 23h, a mulher e as duas crianças foram colocadas em um porta-malas de um carro pequeno e levados para um cativeiro.


Na manhã de ontem, mais uma refém: dessa vez a empregada da família, que chegava para trabalhar. “A ameaça deles era que o gerente deveria chegar ao banco normalmente, abrir o cofre, retirar o dinheiro, aguardar o sinal deles, sair e entregar as notas, para depois libertar a família dele e sua funcionária”, afirma Sandoli.


Antes que o roubo se consumasse, as polícias Civil e Militar cercaram a agência do BB, onde o gerente estava. Inicialmente, foi cogitada a presença de pelo menos um dos bandidos com ele, o que exigiu cautela dos policiais, segundo Sandoli. “Não temos como saber se em algum momento os criminosos estavam próximos de nós”, diz o delegado. O porta-voz da PM, major Flávio Santiago, disse que o setor de segurança do BB informou à corporação de que alguma coisa estaria errada na agência, alertando os militares para um possível crime.


A partir daí o foco do trabalho passou a ser buscar a liberdade dos reféns, que estavam em local incerto. Às 11h a empregada foi libertada em Ribeirão das Neves. Uma hora depois, a mulher e os filhos do gerente foram deixados na Praça São Vicente. “Eles não chegaram a aterrorizar a família com palavras, apesar de que a própria situação já é aterrorizante”, disse a delegada Priscila Pereira Santos, que está respondendo pela Delegacia de Matozinhos.


Parentes da família sequestrada se aglomeraram na porta da delegacia o dia todo, buscando informações. O marido da empregada sequestrada disse que esse é o segundo caso de polícia envolvendo a família. “Na primeira vez fui eu que fiquei sob o poder de bandidos quando a mudança deles estava vindo para Matozinhos”, afirma o homem que não quis se identificar. A Polícia Civil não comentou o caso citado.

DESAFIO Quadrilhas especializadas no “crime do sapatinho” já atacaram Minas Gerais 15 vezes neste ano, levando a Polícia Civil a enfrentar a modalidade. Dezessete pessoas suspeitas de envolvimentos com os bandos foram presas nesse período. O desafio das polícias é saber dos ataques o quanto antes, como ocorreu ontem em Matozinhos, para que tudo termine bem.


A Polícia Civil trabalha com uma autoria diferente dos demais casos ligados ao grupo preso em um trabalho entre os meses de junho e agosto. Ramon Sandoli destaca que foram frustradas cinco ações na ocasião, sendo três na fase de planejamento e duas com enfrentamento entre bandidos e policiais, nas cidades de Jeceaba (Região Central) e Capim Branco (Grande BH).


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