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Estado de Minas

Assassinos de empresário em Montes Claros foram para noitada depois do crime

Após enforcar Júnior Parrela para roubar pertences no valor de R$ 2 mil, os dois autores confessos do crime foram para boate, diz a polícia. Ambos já haviam sido detidos antes


postado em 03/10/2018 06:00 / atualizado em 03/10/2018 12:20

Abraão Peres e Diego Gonçalves foram apresentados ontem. Segundo a polícia, eles já foram ao apartamento com intenção de roubar e matar o empresário (foto: Luiz Ribeiro/EM/DA Press)
Abraão Peres e Diego Gonçalves foram apresentados ontem. Segundo a polícia, eles já foram ao apartamento com intenção de roubar e matar o empresário (foto: Luiz Ribeiro/EM/DA Press)

Eles mataram a vítima para roubá-la, dentro do apartamento dela. Logo depois, foram se divertir em casas noturnas. De acordo com a Polícia Civil de Montes Claros, no Norte de Minas, esse foi o comportamento dos dois jovens apresentados ontem como autores confessos do assassinato do empresário Leônidas de Araújo Leão Júnior, de 54 anos, conhecido como Júnior Parrela, dono de uma empresa de transportes na cidade. Abraão Henrique Porto Peres, de 25, e Diego Ferreira Gonçalves, de 26, foram presos segunda-feira e, de acordo com a polícia, confirmaram ter matado a vítima para roubá-la. Ambos já tinham sido detidos anteriormente por outros crimes.

O empresário foi encontrado morto dentro do apartamento dele, na noite de domingo, no Bairro Augusta Mota, área de classe média no lado Sul da cidade. O corpo estava amordaçado, com os pés e mãos amarrados com camisas, de bruços, em cima de um tapete na sala de estar do apartamento, trajando uma short e sem camisa. A vítima foi morta por enforcamento e havia sido vista pela última vez na noite de sábado. Segundo a polícia, os dois autores foram ao apartamento já com a intenção de cometer o latrocínio – matar para roubar.

De acordo com o delegado de Homicídios, Bruno Rezende, foram roubados de Júnior Parrela um telefone celular, um relógio, uma jaqueta, nove bonés e duas mochilas, cujo valor total não chega a R$ 2 mil. Ao entrar e sair do apartamento, os dois autores foram filmados por câmeras do sistema de vigilância, o que contribuiu para que fossem identificados e presos rapidamente.

O delegado disse que Abraão Henrique confessou que já tinha ido ao apartamento da vítima pelo menos quatro vezes antes do dia crime. Segundo ele, o homem disse que trabalhava em um lava-jato, do qual a vítima era cliente.

Ainda de acordo com Rezende os dois rapazes disseram que mantinham amizade com a vítima, que abriu voluntariamente o portão pelo interfone para que eles entrassem no apartamento, sábado à noite. Por outro lado, negaram qualquer outro envolvimento com o empresário. “Ambos negam relacionamento amoroso com a vítima. Narram somente uma relação de amizade. Não nos cabe, até por questão de responsabilidade, fazer ilações em relação a esse tipo de relacionamento, apesar de ter sido aventado extraoficialmente na investigação”, assegurou o delegado. Segundo ele, a vítima já estava de short e sem camisa quando recebeu os dois rapazes no apartamento.

Júnior Parrela, dono de uma empresa de transportes na cidade, tinha 54 anos(foto: Reprodução da internet/Facebook)
Júnior Parrela, dono de uma empresa de transportes na cidade, tinha 54 anos (foto: Reprodução da internet/Facebook)


DINÂMICA DO CRIME Segundo a Polícia Civil, os dois rapazes chegaram ao prédio por volta das 18h30 de sábado e chamaram o empresário pelo interfone. Júnior Parrela, que morava no segundo andar do edifício, abriu o portão. Os dois jovens permaneceram no interior do apartamento durante cerca de 30 minutos, intervalo em que cometeram o crime.

De acordo com o delegado, ao entrar no imóvel,  Abrão e Diego tomaram água. Logo em seguida, iniciaram a execução do plano para matar e roubar o empresário. “Num momento em que a vítima virou de costas para os autores, foi surpreendida por eles, que lhe deram uma gravata (mata-leão)”, detalhou o policial. Na sequência, os autores confessos amordaçaram, amarram e enforcaram o empresário, usando mangas de camisas da própria vítima, sem oferecer chances de defesa, informou Rezende.

Após roubar pertencentes da vítima, Abraão e Diego deixaram o local em uma moto de Júnior Parrela, de acordo com a apuração. Porém, abandonaram o veículo a dois quarteirões do prédio e fugiram a pé. Durante a fuga, passaram próximo à sede de uma delegacia de polícia.

Ainda conforme o delegado de Homicídios, depois do latrocínio, os dois rapazes estiveram em duas boates, situadas perto da saída de Montes Claros para Bocaiuva (Bairro Santo Antônio), onde consumiram drogas. Em uma delas, eles venderam por R$ 70 o celular (Galaxy J7 Prime) roubado do empresário  – a polícia ainda tenta descobrir quem foi o comprador.

Abraão Henrique já tinha passagens policiais por roubo, agressão e lesão corporal. Ele foi preso na segunda-feira em sua casa, no Bairro São Geraldo. Já Diego, que tinha passagens por ameaça, roubo e furto, foi detido próximo à rodoviária de Montes Claros, quando se preparava para fugir para São Paulo.


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