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Estado de Minas

Bando é preso por golpe com cartão de crédito em BH e região metropolitana

As abordagens às vítimas ocorriam por telefone. De acordo com a PM, em geral os criminosos escolhiam idosos para aplicar os golpes. Veja como eles agiam


postado em 23/08/2018 06:00 / atualizado em 23/08/2018 08:01

Com os cartões em mãos, os criminosos faziam várias compras nas máquinas de cartões de crédito, utilizando o código de segurança dos cartões(foto: Marcos Santos/USP Imagens)
Com os cartões em mãos, os criminosos faziam várias compras nas máquinas de cartões de crédito, utilizando o código de segurança dos cartões (foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Quadrilha presa em Belo Horizonte pode ter causado prejuízos milionários com golpes na cidade. O grupo se passava por operadoras de cartões de crédito e ludibriava as vítimas por telefone, fazendo-as acreditar que tinham tido os objetos clonados. Depois, iam até a casa delas, recolhiam os dados pessoais e o cartão de crédito, com o qual faziam diversas compras. Segundo a Polícia Militar, somente neste ano a organização criminosa pode ser ter aplicado aproximadamente 100 golpes na capital mineira e cidades da região metropolitana.


As abordagens às vítimas ocorriam por telefone. De acordo com a PM, em geral os criminosos escolhiam idosos para aplicar os golpes. Os bandidos tinham os dados dos alvos, o que facilitava a aproximação. “Já tinham os nomes das pessoas. Então, ligavam e se identificavam como da administradora do cartão de crédito. Em seguida, perguntavam se as vítimas tinham feito uma compra de valor alto. Com a negativa, afirmavam que o cartão tinha sido clonado”, explicou o sargento Pablo Augusto de Souza Castro, responsável pela ocorrência.


Depois de ganhar a confiança das vítimas, os criminosos lhes diziam que elas eram clientes vip e que teriam atenção especial. “Pediam para a pessoa escrever uma carta de próprio punho dizendo que não reconhecia a suposta compra e também registrasse no documento um número de protocolo, que era passado por eles. A carta tinha que ser colocada em um envelope junto com o cartão de crédito, pedido sob o argumento de que ele seria periciado e bloqueado. Tudo deveria ser entregue a um motoboy, que passaria na residência”, contou o sargento.


Com os cartões em mãos, os criminosos faziam várias compras nas máquinas de cartões de crédito, utilizando o código de segurança dos cartões. Uma das últimas vítimas do bando foi um juiz federal. Segundo o sargento Pablo Castro, ele teve um prejuízo de R$ 48 mil. Horas depois do golpe contra o juiz os criminosos foram presos.


Anteontem, militares do 1º Batalhão da PM receberem uma denúncia de homens suspeitos dentro de um Peugeot estacionado na Rua Rio Grande do Sul. Com a aproximação da viatura, dois homens desceram do veículo e seguiram a pé por algumas vias, mas acabaram cercados pelos militares. Com eles, foram encontradas quatro máquinas de cartão de crédito, sendo que uma delas estava com um comprovante de R$ 7,4 mil. Outros dois indivíduos foram detidos ainda dentro do veículo.


Com os dados nas máquinas apreendidas, os militares conseguiram chegar até um lava-jato localizado no bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte. Segundo a PM, o dono do lava-jato contou que alugou o equipamento para os criminosos. Disse, ainda, que quando eles utilizavam a máquina, o levavam para sacar o dinheiro. Ele informou que somente na última semana retirou R$ 8 mil.

QUADRILHA A atuação dessa quadrilha está sendo investigada pela Polícia Civil. Segundo o Sargento Pablo Castro, várias pessoas já foram enganadas pelos criminosos. “Foram identificadas mais de 100 ocorrências somente neste ano envolvendo os autores. Os valores se aproximam de R$ 1 milhão de prejuízo. Cada passagem no cartão feita por eles era de até R$ 10 mil, por isso essa movimentação alta”, informou.


As cinco pessoas presas já têm passagens por vários crimes, inclusive estelionato. Elas acreditavam que ficariam impunes e confessaram os golpes. “Eles admitiram até com certa tranquilidade, porque não esperavam que a gente descobriria toda a rede da quadrilha. As passagens criminais deles são vastas. Ficavam presos por poucos dias e saíam. Mas, desta vez, como descobrimos todo o esquema e as vítimas, devem ficar mais tempo”, disse o sargento. Segundo a Polícia Civil, os cinco foram autuados por estelionato e organização criminosa.


O militar faz um alerta para as pessoas não caírem neste tipo de golpe. “O banco nunca vai pedir para a pessoa entregar o cartão fora da agência, sem ser para o gerente. Caso tenha suspeita de clonagem do cartão, deve entrar em contato diretamente com o número de telefone que está atrás do cartão”, finalizou. 


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