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Estado de Minas

Explosão na Usiminas em Ipatinga: autoridades investigam danos ao meio ambiente

Usiminas ressaltou que monitora a exposição da população aos gases dispersados na explosão. Até a manhã de ontem, a empresa não havia detectado qualquer risco ou anormalidade diante dessas condições


postado em 12/08/2018 06:00 / atualizado em 12/08/2018 13:11

Trabalhadores da Usiminas retornaram gradualmente, mas tanques próximos ao danificado cominuam com as atividades suspensas (foto: Wolmer Ezequiel/Diário do Aço)
Trabalhadores da Usiminas retornaram gradualmente, mas tanques próximos ao danificado cominuam com as atividades suspensas (foto: Wolmer Ezequiel/Diário do Aço)
Após o susto causado pela explosão de um gasômetro situado na usina da Usiminas, o município de Ipatinga, no Vale do Aço, começa a retornar à normalidade. Na manhã de ontem, a empresa informou, em nota, que os 34 feridos durante o incidente receberam alta do Hospital Márcio Cunha, localizado na mesma cidade. Eles sofreram escoriações e mal-estar pela inspiração dos gases liberados no estouro. Dentro da companhia, os trabalhos começam a ser retomados de maneira gradual. De acordo com a siderúrgica, setores de manutenção constante, como despacho, laminação a frio e unigal, já voltaram às atividades. Por enquanto, os dois tanques próximos ao danificado continuam com as tarefas suspensas para garantir a segurança dos funcionários.

Quanto aos danos à população, a Usiminas ressaltou que monitora, ao lado dos órgãos competentes, a exposição da população aos gases dispersados na explosão. Até a manhã de ontem, a empresa não havia detectado qualquer risco ou anormalidade diante dessas condições.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad)  vistoriou o local em que ocorreu a explosão do gasômetro.  Durante a vistoria, a Semad solicitou à empresa a apresentação de laudo técnico que ateste que os equipamentos remanescentes têm condições físicas e mecânicas de funcionamento; que o incidente não comprometeu as estruturas necessárias à operação; e que a continuidade da operação é segura.  A retomada das atividades acontecerá após a apresentação do laudo técnico e adoção das medidas pertinentes.

"Após análise dos dados do Monitoramento Continuo da Qualidade do Ar e Metereologia de Ipatinga, registrados no Sistema do Centro Supervisório da Qualidade do Ar e Emissões da Feam, in loco, foi constatado que não houve alteração na qualidade do ar, no município, por consequência do acidente ocorrido nas dependências da Usiminas", informou a pasta por meio de nota. Os dados metereológicos indicaram que no momento e após o acidente as condições de dispersão dos gases na atmosfera estavam favoráveis.

A explosão se deu na tarde de sexta-feira, por volta das 12h40, em um tanque que armazena uma mistura de gases usados na produção de aço, chamada de gás de aciaria. O principal componente da mistura é o monóxido de carbono. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 12h45, quando brigadistas da Usiminas já orientavam os feridos, que foram encaminhados ao Hospital Márcio Cunha. Inicialmente, 30 pessoas foram hospitalizadas, mas, durante o dia, mais quatro se apresentaram à unidade de saúde. Ninguém ficou ferido gravemente, enquanto uma vítima sofreu um corte no rosto, em razão de um estilhaço.

O susto causou preocupação em Ipatinga. Moradores relataram ao Estado de Minas que o impacto resultou em grande barulho e que o chão “começou a tremer”. Um deles disse que a explosão “parecia terremoto”. De acordo com dados do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis/UnB), o tremor alcançou 1.8 na Escala Richter.

ATROPELAMENTO Poucos minutos depois da explosão do gasômetro, o funcionário da empresa Elba, terceirizada da Usiminas, morreu atropelado. Segundo informações da Polícia Militar (PM), Alison Sebastião Alves, de 35 anos, estava em uma bicicleta e foi atingido por um veículo de passeio, modelo Vectra, na Avenida Kiyoshi Tsunawaki, localizada a cerca de quatro quilômetros da usina, em Ipatinga, no Vale do Aço.

De acordo com a PM, o condutor do carro, de 39, apresentava sinais de ingestão de álcool e fugiu do local da ocorrência. Ele foi encontrado e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Plantão da cidade. O terceirizado da Usiminas chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Márcio Cunha, o mesmo onde os feridos da explosão estavam, mas não resistiu. Em nota, a empresa lamentou a ocorrência.


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