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Estado de Minas

Associação Mineira de Reabilitação promove copinha para crianças e adolescentes

Competição organizada pela equipe de esporteterapia e pelo corpo de voluntários da instituição, que atende crianças e adolescentes com diversos graus de deficiência e paralisia cerebral


postado em 06/07/2018 06:00 / atualizado em 06/07/2018 07:46

Bola gigante foi importada para Copa das crianças e adolescentes da AMR(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Bola gigante foi importada para Copa das crianças e adolescentes da AMR (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Na quadra, Brasil de verde, amarelo e azul. Para fazer gol vale tudo: pé, mão, cabeça e até as rodas da cadeira. A bola, gigante, foi a estrela da vez, feita especialmente para crianças e adolescentes que pela primeira vez entravam em quadra para sentir o sabor da disputa. Na segunda Copa da Associação Mineira de Reabilitação (AMR), todos saíram vencedores de uma competição própria, na qual obstáculos e limitação de movimentos perdem de goleada para a superação. “No fim, todos ganham medalha de ouro, porque não há um único vencedor”, afirma a superintendente da AMR, Márcia Castro.

A copinha é organizada pela equipe de esporteterapia e pelo corpo de voluntários da instituição, que atende crianças e adolescentes com diversos graus de deficiência e paralisia cerebral. Por dia, 80 crianças se revezaram em partidas que duram quatro minutos.

O jogo é, na verdade, uma atividade lúdica. Em quadra, meninos em cadeira de rodas, andadores ou que não usam qualquer aparelho recebem ajuda dos funcionários. Os mascotes dos times mineiros – Raposão e Galo Doido – se revezaram nos dois dias de jogos para alegria da meninada.

Com 80% das crianças cadeirantes, adaptações foram necessárias. A bola foi importada dos Estados Unidos, no Mundial de 2014, pois não há um modelo similar no país. Na atividade, também se trabalham consciência corporal, controle de corpo, equilíbrio, força e socialização com o colega. “Nessas épocas, as escolas fazem competições internas, mas eles não têm as mesmas oportunidades de outras crianças de sentir essa emoção. Por isso esse evento é tão importante”, explica o supervisor de esportes e coordenador da esporteterapia da AMR, Guilherme Sette Câmara.

A artesã Margareth de Almeida, de 56 anos, tia-avó de Kézia Gabriela Almeida dos Santos, de 8, se entusiasmou com o gol marcado pela sobrinha. “Ela é louca por futebol. Tenho certeza de que o feito dela será o assunto do dia. Nada melhor que ver essa alegria”, disse. Heitor Elias Mariz, de 5, que aposta na vitória do Brasil na Copa, também pôs a bola no gol. “Fico muito feliz com a alegria dele, porque estando numa cadeira de rodas não é fácil.”

Izabela Ribeiro Silva, de 17, lamentou não ter marcado, mas se orgulhava de ter dado o passe para gol. Na AMR desde os 8 meses, conta que esta é sua primeira Copa, já que não participou da de 2014. “Não vou levar na minha vida um 7 a 1, como o Brasil levou da Alemanha”, decreta, encorajada pelo amigo Juan Ferreira da Rocha, também de 17. Ele torce para time da Argentina, mas queria na Rússia ver a vitória da Islândia. Em sua Copa, já tem muito o que comemorar: “Marquei dois gols. É uma vitória”.


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