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Estado de Minas

Alunos trocam uniforme pela camisa da Seleção Brasileira para ver o jogo na escola

Em vez de dispensar os alunos, Colégio Sagrado Coração de Maria decidiu transmitir o jogo no auditório da escola, que ficou colorido de verde e amarelo


postado em 27/06/2018 17:07 / atualizado em 28/06/2018 14:13

Ver galeria . 7 Fotos Atentos, as crianças não desgrudavam os olhos do telão montado no auditório da escolaTulio Santos/EM/D.A. Press
Atentos, as crianças não desgrudavam os olhos do telão montado no auditório da escola (foto: Tulio Santos/EM/D.A. Press )

Foi sem dúvida um dia de aula diferente. Em vez do quadro, olhos vidrados no telão. No lugar da atenção na professora, ouvidos ligados no jogo. Nesa quarta-feira, no jogo do Brasil contra a Sérvia, muitas escolas de Belo Horizonte se transformaram em miniestádios em que valia tudo: de se vestir de verde e amarelo até fazer muito barulho.

Foi a primeira Copa dos pequenos da Escola Infantil Galileo Galilei, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul, e a liberação para agitar empolgou mais que o jogo em si. Mas tinha menino de colo tão concentrado que até parecia entender os lances. E nada tirou a alegria de gritar gol. “Os que estão na escolinha de futebol entendem melhor. Os outros não vivenciaram isso muito ainda. Mas a farra é sensacional”, disse o professor de educação física Peter Voll Mayer.

No Colégio Batista, no bairro homônimo, na Região Leste de BH, a vibração também foi grande entre alunos dos ensinos fundamental e médio. A estudante Letícia Maria de Souza, de 17, apostava no placar de 3 a 0. “Fiquei muito preocupada, porque o Marcelo se machucou logo no início, mas o Paulinho (autor do primeiro gol brasileiro) convenceu. Acho que o hexa vem”, disse.

Antes da partida, os estudantes receberam os jogadores Fábio, Henrique, Leo e Rafael, do Cruzeiro, para uma palestra do projeto “Educando na Copa”, em que os atletas vão às escolas falar sobre valores e princípios. A conversa foi sobre bullying, família, educação e amizade. “Escutar isso deles, que são figuras públicas, é um exemplo”, afirmou Letícia. 

Uniforme diferente 

(foto: Tulio Santos/EM/D.A. Press)
(foto: Tulio Santos/EM/D.A. Press)


Aos gritos de “Vai, Brasil”, a empolgação dos alunos ecoou pelos corredores do Colégio Sagrado Coração de Maria, na Região Centro-Sul. No auditório, os pequenos torcedores se aglomeravam em frente ao telão. Dispensados do uniforme, vestiram verde e amarelo e não pouparam a voz, muitos deles assistindo pela primeira vez ao Mundial.

A torcida na escola teve direito a pipoca e euforia. Tanta que os pequenos mal conseguiam ficar sentados. Vestindo a camisa 10, Heitor, de 9, do 4º ano do ensino fundamental, estava empolgado para ver Neymar. Ele diz que não se lembra da Copa de 2014, mas está animado com a expectativa do hexa.

Com toda inocência de criança, muitas exaltavam uma vitória certeira para o Brasil. "Eu quero que ganhe de 300 mil a zero", declarou Laura Drumond, de 7 anos.  Antes do fim do jogo, as crianças apostavam que o Brasil não iria tomar nenhum gol. Samuel Oliveira, de 7 anos, apostou que a partida ficaria em 2 a 0. Acertou. 

Com olhos de quem entende do assunto, Carolina, de 9, não está acreditando muito no título. Ainda assim, ela e as amigas Lívia e Maria Eduarda, de 8, vibraram quando Thiago Silva fez o segundo do Brasil. Além de assistir às partidas, as três jogam futebol na escola. Carolina cogita até ser profissional: “Meu sonho é ser igual à Marta”.

“É muito melhor assistir ao jogo aqui do que faltar de aula para ver em casa”, disse Rafael Santos, de 10, do 5º ano do ensino fundamental. Apesar da pouca idade, o estudante conta que ainda não superou a derrota brasileira em 2014. “Quero esquecer isso”, declara, dizendo-se empolgado para acompanhar o desempenho da Seleção desta vez. Pelo menos, a Alemanha, eliminada, não está mais no caminho. 

* Sob supervisão do editor Roney Garcia

 


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