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Estado de Minas

Evento de gastronomia na Praça da Liberdade é cancelado de última hora

Arte no Prato Gourmet seria aberto na tarde de sábado e teria seis shows. Não apenas o público, mas até autoridades foram surpreendidas com o cancelamento


postado em 17/06/2018 06:00 / atualizado em 17/06/2018 08:46

Guardas também foram surpreendidos por cancelamento de festival(foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Press)
Guardas também foram surpreendidos por cancelamento de festival (foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Press)

O cancelamento de última hora do festival “Arte no Prato Gourmet”, que foi anunciado para ontem e para hoje na Praça da Liberdade, Centro-Sul de Belo Horizonte, surpreendeu o público e deixou indignados comerciantes cadastrados para atender em 24 barracas de alimentação. Por meio de nota, os organizadores disseram que o evento foi adiado. Porém, a Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que nem sequer foi concedida autorização para que ocorresse, já que o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) proibiu o uso do espaço, temendo que o conjunto da praça sofresse danos.

Na tarde de ontem, o festival seria aberto às 14h, com seis shows, que incluíam a banda 14 Bis e o cantor Márcio Greyck. Não apenas o público, mas até mesmo equipes da Guarda Municipal e do comissariado do Juizado da Infância e Juventude foram surpreendidas com o cancelamento. Os guardas seguiram no local e também orientaram pessoas que foram à praça.

Nas redes sociais, a banda de rock Papagaio Elétrico, a primeira atração de ontem, informou seus fãs sobre o cancelamento do festival, dizendo que foi surpreendida. Nos comentários, Janaína Oliveira, que foi assistir ao grupo lamentou. “Nossa, eu não entrei no Face cedo. Tá cheio de gente aqui (sic) na praça procurando o evento”. A banda Hocus Pocus e o cantor Beto Guedes, que estavam entre as sete atrações de hoje, usaram as redes sociais para informar que foi um adiamento. A cantora Aline Calixto, por meio de sua assessoria, disse que segue entre os artistas participantes, em nova data.

O arquiteto André Nemer, de 36 anos, veio de Viçosa, na Zona da Mata, com a filha Alice, de 17, para um fim de semana na capital. “Vi nas redes sociais que teria esse evento e inclui no roteiro. Da mesma forma deviam ter divulgado amplamente o cancelamento. Organizar um evento antes de ter certeza da liberação do alvará é muito amador”, criticou. Alice se decepcionou duplamente. “Além de participar do evento, eu conheceria de perto o trabalho de músicos que marcaram época, no Clube da Esquina”. Sem shows e barracas de comida, a Praça da Liberdade ficou tomada pelos caçadores d Pokemon, já que ontem foi o “dia da comunidade”, realizado mensalmente, quando os responsáveis pelo jogo liberam novidades.

Já o comerciante José Márcio Ferreira, que alugou duas barracas para levar o melhor de sua culinária, ficou indignado. “Passei pela praça na madrugada da sexta-feira e não vi estrutura montada. Liguei para os organizadores e me disseram que o alvará tinha acabado de ser suspenso. Ainda que marquem outras datas, não tenho mais interesse em participar. Investi cerca de R$ 15 mil em produtos e mão de obra para preparar os pratos e vou perder pelo menos metade dos alimentos preparados previamente. Ainda aguardo uma posição dos outros comerciantes para definir que medidas vamos tomar”, disse.

Por meio de nota, os organizadores disseram que as produtoras do festival – Yco Promoções e Produções de Eventos – adiaram para os dias 23 e 24 o Arte no Prato, mas não informaram em que local será realizado. “Esclarecemos que o adiamento se deu pelo impasse burocrático na liberação do evento.” Ainda, de acordo com o comunicado, amanhã será divulgado o novo local em que será realizada a festa, bem como alterações na programação de shows.


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