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Estado de Minas

Delegado que investigou desaparecimento de Emilly Ferrari é preso

Policial é alvo de investigação por parte de Corregedoria da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual de Minas Gerais (MPMG) por suspeitas de irregularidades na condução de inquéritos. Porém, o motivo da prisão não foi divulgado


postado em 12/06/2018 15:36 / atualizado em 12/06/2018 16:41

A Polícia Civil confirmou, nesta terça-feira, a prisão do delegado Luis Claudio Freitas do Nascimento, que era responsável pela delegacia de Rio Pardo de Minas, na Região Norte do Estado. Ele teve prisão preventiva decretada pelo juiz da Comarca do mesmo município, depois de ser alvo de investigação por parte de Corregedoria da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual de Minas Gerais (MPMG) por suspeitas de irregularidades na condução de inquéritos. No entanto, o real motivo da prisão não foi esclarecido.

O policial, cuja família reside na região de Campos (RJ), foi preso por uma equipe da Polícia Civil da Zona da Mata. Não foi divulgado se o mandado de prisão foi cumprido em Minas ou no estado do Rio de Janeiro, sendo que Nascimento estava em licença médica. Ele já teria sido encaminhado para a Casa de Custódia da Polícia Civil, em Belo Horizonte.

Luis Claudio Nascimento participou da investigação do caso do desaparecimento da menina Emilly Ketlen Ferrari, de 8 anos, que ganhou repercussão nacional. A garota desapareceu misteriosamente em Rio Pardo em 4 de maio de 2013. Na procura por ela foi mobilizada até a Interpol. Mais de quatro anos depois, em setembro de 2013, a ossada de Emilly foi encontrada enterrada, a beira de uma estrada vicinal, na zona rural de Rio Pardo. Até hoje não se sabe a autoria do crime.

Por meio de nota, divulgada nesta terça-feira, a Polícia Civil não informa a razão da prisão do delegado de Rio Pardo de Minas. Apenas esclarece que “jamais coadunou ou irá tolerar qualquer tipo de comportamento indevido, irregular ou prática delituosa por parte de seus servidores”. A nota diz ainda que “a Corregedoria da Polícia Civil está atuando juntamente com o Ministério Público para apuração dos fatos, respeitando sempre os princípios constitucionais vigentes. Cumprindo os ditames legais, sendo comprovado autoria e materialidade, ao final das apurações, caso seja necessário, haverá punições rígidas, demonstrando de forma inequívoca que a Legalidade e a Moralidade são pilares da PCMG”.

Luis Claudio enfrenta problemas no exercício da função de delegado há mais de um ano. Em outubro de 2017, ele chegou a ser afastado do cargo, por decisão da juíza da Comarca de Rio Pardo de Minas, em atendimento a ação civil pública do Ministério Público Estadual. Ele recorreu ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e retornou ao cargo. No entanto, pediu licença médica e, por esse motivo, nos últimos meses, esteve afastado da delegacia de Rio Pardo de Minas. Quem está respondendo pela comarca é o delegado João Marcos de Almeida, da vizinha Taiobeiras.

Nesta terça-feira, o advogado de Luis Claudio do Nascimento, Bruno Dias Cândido, disse que as razões que constam na decretação da prisão preventiva do delegado são os mesmos objetos da ação civil do MPMG, que motivou o afastamento dele da função. “Só que recorremos ao Tribunal de Justiça, que, por unanimidade, reformou a decisão da Primeira Instância e determinou o retorno do meu cliente ao cargo. Desta forma, entendemos que não existe fundamento para esta prisão”, disse Cândido.

O advogado na anunciou que vai pedir a revogação da prisão do delegado junto ao TJMG e rebateu as acusações de supostas irregularidades cometidas por Luis Claudio do Nascimento como delegado. “Todas as imputações atribuídas a ele são inverídicas, o que será provado ao longo da instrução processual”, assegurou o defensor.


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