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Estado de Minas

Polícia prende, em São Paulo, suspeitos de ataques a bancos em Passos

Seis pessoas foram detidas na tarde de sábado durante uma ação conjunta entre as polícias civis de Minas e São Paulo. Na última terça, dois bancos foram atacados na cidade do Sul de Minas


postado em 15/04/2018 07:29 / atualizado em 15/04/2018 11:14


A Polícia Civil de Minas Gerais comunicou, na noite de sábado, a prisão de seis suspeitos de participação do roubo a duas agências bancárias em Passos, no Sul de Minas, na última terça-feira. O crime espalhou terror pela cidade, deixou imóveis sem energia e resultou na suspensão das aulas em escolas e em uma universidade. 

Segundo a Polícia Civil, o grupo foi localizado em São Paulo na tarde passada. A ação foi feita em parceria com a corporação do estado vizinho. Foram apreendidos explosivos, armas e uma grande quantia em dinheiro. Os nomes dos suspeitos e o local onde foram encontrados não foram divulgados pela polícia. 

“As investigações continuam no intuito de identificar e prender outros envolvidos e garantir a tranquilidade e segurança da população”, finalizou a corporação, por meio de nota. 

Conforme o delegado Marcos Pimenta, as prisões ocorreram durante o cumprimento de cinco mandados expedidos pela Justiça mineira e um sexto envolvido foi preso em flagrante na região. Ainda segundo ele, a polícia de São Paulo já investigava o grupo, que tinha praticado outros roubos naquele estado. 

Passos, fica às margens da MG-050, próximo à divisa com São Paulo. Informações da Polícia Civil dão conta da extrema sofisticação e poder de fogo do grupo, estimado em 20 assaltantes transportados em quatro caminhonetes naquela madrugada. 

Os investigadores recolheram uma espécie de compressor de ar, que, segundo o delegado Marcos Pimenta, foi usado para sugar a fumaça gerada pelas explosões nas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal e possibilitar ação mais rápida dos ladrões.

Foram apreendidos explosivos, armas e uma grande quantia em dinheiro na ação conjunta(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Foram apreendidos explosivos, armas e uma grande quantia em dinheiro na ação conjunta (foto: Polícia Civil/Divulgação)


Além disso, a polícia recolheu cápsulas de metralhadora calibre .50, arma normalmente usada em situação de guerra, e que a própria polícia é proibida de usar no Brasil, conforme o policial. Esse tipo de armamento tem capacidade para furar a blindagem de carros-fortes e até derrubar aeronaves. 

Marcos Pimenta explicou que no momento da ação dos criminosos, que ocorreu na Avenida Arouca, Centro da cidade, quatro policiais militares se aproximaram do local e dispararam contra os assaltantes, mas a desproporção de forças não possibilitou muitas opções. Eles teriam se deslocado até um prédio e, na companhia também de um delegado, continuaram atirando. “Nesse momento, eles atingiram um dos ladrões na perna. Ele foi socorrido pelos comparsas e colocado em uma das caminhonetes usadas pelo bando”, acrescentou o policial em entrevista ao Estado de Minas na terça-feira.  Esse teria sido o motivo, segundo ele, para que uma grande quantia em dinheiro que tinha sido subtraída do Banco do Brasil ficasse para trás. 



O planejamento da quadrilha também contou com a queima de um ônibus na saída para Belo Horizonte na MG-050 e de outro veículo na saída para São Paulo, para dificultar a reação das forças policiais. “É uma ação que choca a sociedade, mas nesse momento não tem muito o que fazer. Quando você está chegando para ver o que está acontecendo, os criminosos já estão esperando. Com a equipe pronta para o combate é uma coisa, mas mobilizando na hora não tem as mesmas condições”, afirmaou o policial. Marcos Pimenta disse que um homem, apontado como dono do ônibus que foi queimado, foi encontrado pela PM e levado para prestar depoimento. 

Chegou-se a cogitar inclusive o uso de drones pelos criminosos na ação em Passos, mas a Polícia Civil não confirmou a informação. Pode ter havido confusão pelo fato de funcionários do Banco Santander terem feito um trabalho com esse tipo de equipamento na noite anterior, o que pode ter gerado boatos entre a população local. (Com informações de Guilherme Paranaíba)


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