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Estado de Minas

Adiada decisão para troca de gestão e solução de crise financeira no Sofia Feldman

Conselho de fundação mantenedora do hospital e maternidade esperava mais esclarecimentos de representantes da PBH que não participaram de reunião para analisar proposta


postado em 27/02/2018 21:10

Pacientes e funcionários da maternidade vem protestando contra as dificuldades financeiras da instituição(foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)
Pacientes e funcionários da maternidade vem protestando contra as dificuldades financeiras da instituição (foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)
A proposta da Prefeitura de Belo Horizonte de assumir a gestão administrativa e financeira do Hospital e Maternidade Sofia Feldman não teve uma definição nesta terça-feira, como era esperado. Estava previsto que, em reunião dos conselheiros da entidade e sua mantenedora, a Fundação de Assistência Integral à Saúde (FAIS) a sugestão da PBH seria avaliada para decidir se seria ou não acatada. Porém, por meio de nota, a direção da maternidade informou que representantes da administração municipal não participaram do encontro para esclarecer detalhes da proposta.

No último dia 19, foi apresentada como solução da crise financeira do hospital a intervenção administrativa e financeira da instituição, ainda em março deste ano, pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA-BH). Na ocasião, o secretário Jackson Machado explicou que o objetivo não é a municipalização da maternidade, mas a captação de receita e corte de custos para equilíbrio de seu orçamento, que amargaria déficit de R$ 1,5 milhão ao mês. Em consequência dos problemas de caixa, funcionários estão em greve pelo não recebimento do 13º salário e o pagamento de janeiro.

De acordo com a nota do Sofia Feldman, a reunião para analisar a proposta da PBH aconteceu às 14h desta terça-feira, com representantes do conselho curador e fiscal da FAIS, Conselho Municipal de Saúde (CMS) e do conselho e direção do hospital. “Nenhum representante da Secretaria Municipal de Saúde compareceu à reunião, sendo de suma importância para os esclarecimentos acerca da proposta feita pela PBH”, destacou o comunicado.

Ficou então acertado no encontro desta terça-feira que o Sofia Feldman aguardará uma manifestação formal da PBH. Segundo o presidente do conselho curador da FAIS, João Batista Lima, ainda restam muitas dúvidas em relação à forma de atuação do novo gerente na instituição. “Esperamos que encaminhem um documento para o CMS e para o Ministério Público, explicando se terá demissão, aumento de verba, redução de atendimentos”, explicou.

Na segunda-feira, o Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou plenária para discutir a atual situação financeira do hospital, que vem se agravando em crise financeira desde 2017. A instituição tem uma receita média mensal de R$ 5 milhões e o custo de R$6 milhões e 500 mil por mês. Ao R$1,5 milhão negativo ao mês, se soma R$250 mil da parcela mensal do adiantamento de receitas concedido pela PBH, mais R$565 mil mensais de empréstimos bancários, ambos descontados da fonte pagadora, elevando o déficit total para R$2,3 milhões/mês.

Liberação de recursos para quitar salários

A boa notícia durante a plenária, foi o comprometimento da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) liberar ainda nesta semana cerca de R$ 1,3 milhão para a quitação dos salários atrasados dos funcionários da maternidade. Na reunião, a diretora de Redes Assistenciais da SES-MG, Cláudia Pequeno, afirmou que o modelo assistencial adotado pelo Sofia Feldman é centrado na mulher e no parto humanizado. E que o hospital é referência para o estado. Atualmente, a instituição atende 400 mil pessoas ao ano, em 185 leitos, sendo 87 obstétricos, além de unidades de tratamento intensivo, cuidados intermediários neonatais, com atendimento de UTI Neonatal e mais 12 clínicas, 100% SUS.


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