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Estado de Minas

Floração das quaresmeiras colore as ruas e avenidas de Belo Horizonte

Símbolo da capital mineira, exemplares chegam a seu período de maior exuberância e dão o novo tom da cidade. São 10,5 mil árvores desse tipo cadastradas no inventário de BH


postado em 21/02/2018 06:00 / atualizado em 21/02/2018 07:30

Nativa da mata atlântica, a árvore floresce a partir de dezembro, mas o período de maior predominância é fevereiro e março, coincidindo com o calendário religioso da quaresma(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A PRESS)
Nativa da mata atlântica, a árvore floresce a partir de dezembro, mas o período de maior predominância é fevereiro e março, coincidindo com o calendário religioso da quaresma (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A PRESS)

Depois do arco-íris de fantasias que tomou conta de Belo Horizonte no carnaval, chega agora um tom mais forte para colorir a cidade. Nas praças, ruas, canteiros centrais de avenidas e alguns jardins, predomina o roxo das quaresmeiras, árvore símbolo da capital e ainda mais vistosa depois da chuva da tarde de ontem. “Adoro esta época exatamente por causa destas flores. Trazem boas sensações. Ando de ônibus a cidade inteira e faz muito bem admirá-las de perto”, diz a artista plástica Frances Amaral, moradora de Venda Nova e estagiária na Escola Guignard, no Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul.

No entorno da Guignard há uma profusão de quaresmeiras. Na Rua Ascânio Burlamaque perto da esquina com Frei Gonzaga, as copas formam túneis, num efeito que agrada Frances. “Temos aqui uma maior concentração delas. Pela janela do ônibus, no percurso que faço diariamente, nem sempre é possível ver esta beleza”, afirmou a artista plástica. Um rapaz que passa na rua também gosta do que vê mas, apressado, faz apenas um sinal de positivo, com o polegar, para mostrar que o visual vale a pena.

Nativa da mata atlântica, a quaresmeira (Tibouchina granulosa) é a quarta árvore mais frequente em BH, com um total de 10,5 mil exemplares, informa o arquiteto e urbanista Júlio De Marco, da Gerência de Projetos Especiais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e responsável pelo sistema de inventário das árvores na capital. De Marco explica que as quaresmeiras representam 3,5% do total de espécimes plantados nas vias urbanas. Na capital, o inventário já cadastrou 300 mil árvores, incluindo as regiões Leste, Noroeste, Oeste, Centro-Sul e parte da Pampulha.

FLORAÇÃO
Com a floração no período de dezembro a março, embora com maior exuberância neste mês e no que vem – não é à toa que o nome tem a ver com quaresma – as árvores, ornamentais por excelência, são próprias para o meio urbano, com um porte de 3 a 9 metros, para não causar maiores problemas à rede elétrica. A divisão na cidade é a seguinte: maior número na Região Oeste, seguindo-se Centro-Sul, depois Leste e Noroeste. “Interessante em BH é a mudança de cores, o que não cansa o morador. Temos as quaresmeiras agora, os ipês em agosto e os flamboaiãs em setembro”, ressalta De Marco.

Na Rua São Domingos da Serra, no Bairro São Pedro, na Centro-Sul, a moradora Maria Teresa também se mostra feliz com o visual proporcionado por duas quaresmeiras, uma de cada lado da rua. “Foram plantadas há mais ou menos 20 anos. Enfeitam o bairro.” Ela chama a atenção para uma que secou completamente, em frente do número 130, e põe em risco os moradores. “Queremos que seja cortada para evitar maiores transtornos”, explica.

Uma boa surpresa está bem no Centro da cidade, no terminal rodoviário. A copa florida se encontra na Rua Saturnino de Brito e encantou o engenheiro de segurança do trabalho Daniel Bruno, morador de Contagem, na Grande BH. “A gente passa tão apressado que nem percebe. É uma árvore muito bonita, humaniza a região”, observou Daniel Bruno. Mais longe, na Rua Expedicionário Alício, com Ribeiro Junqueira, no Mangabeiras, sete exemplares dão um novo tom para a estação.

Em flor

»  A floração das quaresmeiras ocorre, em Belo Horizonte, de dezembro a março, com maior predominância em fevereiro e março
»  Quarta árvore mais frequente na capital e símbolo da cidade, com 10,5 mil exemplares e maior número, nesta ordem, nas regiões Oeste, Centro-Sul, Leste e Noroeste
»  São árvores próprias para o meio urbano, atingindo de 3 a 9 metros de altura
»  Nativa da mata atlântica, as quaresmeiras são ornamentais e representam 3,5% das árvores plantadas em BH

Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente


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