Foi preso nessa terça-feira Rodrigo Lopes dos Santos, suspeito de matar o professor universitário Rafael Adriano de Oliveira, em 2015. O crime ocorreu em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Rodrigo já havia sido detido na época das investigações. Mas, segundo a PM, atualmente havia um mandado de prisão preventiva contra ele por este crime. Na tarde passada, denúncias apontaram que ele estava morando em uma casa na Vila São Lucas, no Aglomerado da Serra.
Nesta quarta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou que em 2015, o suspeito havia sido liberado após o término dos 30 dias da prisão temporária. Quando a prisão preventiva foi determinada, ele não foi mais localizado. Rodrigo foi encaminhado ao Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de Contagem.
O corpo de Rafael Adriano de Oliveira foi encontrado na manhã de 3 de outubro de 2015 no apartamento em que vivia no Bairro Arvoredo. Ele estava amordaçado e com as mãos e pés amarrados. O crime foi descoberto por uma amiga do professor, depois que ela recebeu a ligação de uma aluna contando que professor não havia aparecido para dar aula na Faculdade de Ciências Sociais de Belo Horizonte (FACISA). Desconfiada da ausência, a mulher foi até o apartamento onde morava o docente e o encontrou morto sobre a cama.
Dias depois, Rodrigo Lopes se entregou à polícia. Em depoimento, confessou o crime e contou que já conhecia o professor há mais de dois anos. “Tivemos a confirmação que eles se relacionam desde março de 2013. A vítima o contratava como garoto de programa”, explicou o delegado Alex Machado, da Delegacia Especializada de Homicídios de Contagem, responsável pelo caso na época.
As investigações apontaram que o professor começou a querer um relacionamento mais sério com o jovem. “Deixa claro no depoimento dele, que para a vítima estava tratando a situação como uma relação amorosa, mas que pagava pela relação. Para o autor, os encontros era de forma profissional”, afirma Machado.
Um mês antes do crime, segundo o delegado, o professor descobriu que o Rodrigo era casado e tinha um filho. “Testemunhas narraram que 30 dias antes do crime, o professor começou a ter crise de choro na universidade, se mostrava depressivo. Então, percebe como impactou o lado sentimental. Entendemos que o jovem temia que isso seria levado a público pela vítima, por isso é uma das principais motivações”, comentou Alex Machado.
Em depoimento, Rodrigo Lopes confirmou que no dia do crime foi contratado pela vítima para um programa. E quando estava dormindo, o professor subiu sobre ele. “Ele disse que fez uso de cocaína e bebidas alcoólicas, que estava exaltado e com a cabeça rodando. Por isso, asfixiou a vítima”, disse o delegado. (Com informações de João Henrique do Vale)
Veja a reportagem da TV Alterosa sobre o caso em 2015