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Estado de Minas

Sem salário, funcionários do Instituto Mário Penna entram em greve

Instituto confirmou o atraso nos vencimentos e atribuiu a falta de pagamento ao não repasse de verbas federais e estaduais


postado em 16/01/2018 10:43 / atualizado em 16/01/2018 12:07

Na manhã de terça-feira, funcionários fizeram protestos em frente ao Hospital Luxemburgo (foto: Paulo Filgueiras: EM/D.A Press)
Na manhã de terça-feira, funcionários fizeram protestos em frente ao Hospital Luxemburgo (foto: Paulo Filgueiras: EM/D.A Press)
Técnicos de enfermagem e funcionários administrativos do Instituto Mário Penna anunciaram greve e fazem protestos em frente ao Hospital Luxemburgo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. 

A greve foi deflagrada após os funcionários não receberem os salários de dezembro. O funcionalismo também reclama do escalonamento para o depósito dos vencimentos que ocorre no instituto desde setembro.

O presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde em Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindees),  José Maria Pereira, contou ao Estado de Minas que a greve já influencia os atendimentos no Hospital Luxemburgo, no Pronto-Socorro da unidade e no Hospital Mário Penna, no Bairro Santa Efigênia. 

“O motivo é que os salários já eram pagos com  atraso desde setembro. Só que neste mês não saiu o pagamento dentro das escalas que fizeram, dos menores (salários) para os maiores e disseram que não tem previsão de pagamento. Com isso a greve já está refletindo no hospital (Luxemburgo) e, principalmente no pronto socorro. Ontem suspendemos internações e cirurgias e no Hospital Mário Penna alguns procedimentos também foram suspensos,” explicou. 

De acordo com o sindicato, cerca de 60% dos funcionários administrativos do instituto aderiram ao movimento grevista que interfere no atendimento de vários setores dos hospitais, dentre eles o Centro de Tratamento Intensivo (CTI). 

“O que a gente sabe e que é passado pelo jurídico do instituto, é que os hospitais que atendem parcialmente ou integralmente os pacientes do Serviço Único de Saúde (SUS) estão sofrendo com a defasagem no repasse de verbas e, por isso, estão ocorrendo os atrasos”, disse José Maria.

Além dos técnicos de enfermagem, funcionários da portaria, recepção e aqueles que trabalham na cozinha e na higienização de instrumentos do hospital estão paralisados, segundo o sindicato. Atos de protesto estão sendo organizados em frente ao Hospital Luxemburgo nesta terça-feira e devem, conforme o sindicato, continuar durante a greve. 
Com a greve, instituto suspendeu atendimentos, internações e cirurgias eletivas no Pronto-Socorro(foto: Paulo Filgueiras: EM/D.A Press)
Com a greve, instituto suspendeu atendimentos, internações e cirurgias eletivas no Pronto-Socorro (foto: Paulo Filgueiras: EM/D.A Press)
 
 
Por meio da assessoria de imprensa, o Instituto Mário Penna confirmou que os salários de dezembro ainda não foram pagos, justamente pelo atraso no repasse de verbas estaduais e federais como citado pelo sindicalista. 

“A dificuldade em honrar com seus compromissos é em virtude dos constantes atrasos em pagamentos devidos à Associação Mário Penna pelas instituições governamentais - federal e estadual – mas providências já estão sendo tomadas, visando à total regularização dos atendimentos e abastecimentos indispensáveis ao normal funcionamento das unidades hospitalares.” 

Ainda segundo o instituto, um plano de contingência foi adotado em setores dos hospitais para garantir o bem-estar e segurança dos pacientes. “O Plano de Contingência prevê o funcionamento em escala mínima do atendimento das unidades do Hospital Mário Penna e Luxemburgo, e da Casa de Apoio,” diz a nota. 

O texto ainda afirma que, durante a greve, estão suspensos os atendimentos, internações e cirurgias para pacientes do SUS e da rede de planos de saúde conveniada. 

* Sob supervisão da subeditora Jociane Morais


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