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Estado de Minas

Ex-procurador da República suspeito de estuprar criança em Florestal é solto

Advogado José Ornelas de Melo, de 74 anos, havia sido preso preventivamente em 22 de novembro mas ganhou liberdade com um habeas corpus depois de apenas uma semana na penitenciária


postado em 11/12/2017 11:27 / atualizado em 11/12/2017 14:11

Foi libertado pela Justiça, por meio de um alvará de soltura, o advogado e ex-procurador da República José Ornelas de Melo, de 74 anos, preso preventivamente no dia 22 de novembro deste ano.
 
O ex-procurador é suspeito de ter estuprado uma menina de 6 anos na semana do Dia das Crianças, na fazenda dele, em Florestal, na Região Central de Minas Gerais. A criança é filha de funcionários que trabalhavam para o advogado há mais de 30 anos.

Nesta manhã de segunda-feira, a Secretaria de Estado e Administração Prisional (SEAP/MG) informou que José Ornelas deixou o Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, no dia 29 de novembro, uma semana após ser preso preventivamente. 

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) foi procurado pela reportagem do em.com.br, mas ainda não se manifestou sobre a permissão para saír do presídio concedida para José Ornelas. 

Indiciado 

José Ornelas de Melo foi indiciado por estupro de vulnerável na semana passada. O inquérito conduzido e finalizado pelo delegado André Luiz Cândido Ribeiro constatou lesões vaginais na vítima, confirmando que houve conjunção carnal. Por causa do estupro, a criança chegou a ficar internada e teve de passar por cirurgias. 
 
Caso seja condenado, Ornelas poderá cumprir pena de 8 a 15 anos de reclusão em regime fechado. 

Estupro 

Registrado em ocorrência pela Polícia Militar no dia 15 de outubro, quando a criança, acompanhada da mãe, deu entrada em um posto de saúde de Betim com sangramentos, o crime teria ocorrido, segundo a Polícia Civil, no dia 12 do mesmo mês. Segundo o B.O, a criança disse aos médicos que um cachorro da fazenda em que ela morava com a família, que prestava serviços ao advogado José Ornelas de Melo há 33 anos, subiu em cima dela e a feriu. 

No entanto, uma outra criança que estava na fazenda e não identificada no B.O disse que os sangramentos foram causados por um pedaço de madeira que estava na piscina da fazenda; contudo, o objeto não foi encontrado pela perícia. 

A menina foi liberada pelos médicos e retornou para casa com a mãe e um padrasto. Os resultados dos exames foram anexados ao boletim de ocorrência e entregues à Polícia Civil. Logo após o ocorrido, a mãe perdeu a guarda da criança, foi demitida da fazenda e a criança foi morar com uma tia paterna.

Responsável por conduzir a investigação desde o registro do B.O, o delegado André Luiz Cândido Ribeiro contou à reportagem do em.com.br que o caso só foi esclarecido um mês após o crime. “A história que ela contou é que um cachorro abusou dela, mas os peritos descartaram a versão no mesmo dia devido a gravidade das lesões, que era praticamente impossível serem causadas por um cachorro. Descobrimos que ele tinha a ameaçado, dizendo que mataria os pais dela caso ela contasse que ele teria cometido o crime. A história do cachorro foi ele quem mandou que ela dissesse também.”  

Depois de ter conhecimento dos fatos, a tia foi com a sobrinha à delegacia da Polícia Civil em Florestal e contou o que a criança havia relatado ao delegado. O fazendeiro foi intimado e ouvido e negou todas as acusações. Contudo, no dia 22 de novembro, o advogado foi preso de maneira preventiva na sede do escritório dele no Bairro Prado e informou que só se manifestará em juízo. 

José Ornelas de Melo é ex-procurador da República pelo estado de São Paulo e também ocupou o cargo de Promotor de Justiça em Goiás. 


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