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Estado de Minas

Saiba como instalar as luzes de Natal evitando choques e incêndios

Na temporada das luzes pisca-piscas, Cemig dá dicas de como manter a beleza das árvores e fachadas com economia e sem acidentes. Usar materiais com selo de segurança é uma delas


postado em 23/11/2017 06:00 / atualizado em 23/11/2017 08:45

O uso de enfeites iluminados fora de casa exige cuidados especiais, como materiais à prova d'água. Áreas que alagam devem ser evitadas(foto: Túlio Santos/EM/DA Press)
O uso de enfeites iluminados fora de casa exige cuidados especiais, como materiais à prova d'água. Áreas que alagam devem ser evitadas (foto: Túlio Santos/EM/DA Press)
Com a aproximação das festas de fim de ano, os enfeites luminosos passam a ser vistos no interior e nas fachadas de edifícios e residências por toda a capital mineira. Mas a instalação de luzes e outros aparatos decorativos merece atenção, pois envolve riscos de choques, curtos-circuitos e até mesmo incêndios. Portanto, deve-se ter cuidado ao escolher o material dos produtos para evitar acidentes. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) alerta para os perigos e dá dicas para diminuir o consumo neste período de festas.


De acordo com o engenheiro eletricista da Cemig Demetrio Venicio Aguiar, é necessário escolher e adquirir produtos de boa qualidade e com o melhor nível de isolamento elétrico. Segundo o especialista, a melhor alternativa é optar por enfeites aprovados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), submetidos a testes que garantam o bom funcionamento dos dispositivos e que ofereçam segurança às instalações e às pessoas. “Instalações feitas de forma incorreta são perigosas e podem provocar choque elétrico e princípios de incêndio. A instalação dos enfeites deve ser feita de forma segura, de acordo com a especificação técnica de cada aparelho e, principalmente, evitando-se as ‘gambiarras’”, alerta o engenheiro.

Hoje em dia, usam-se mais as lâmpadas de LED, mais eficientes e que têm um brilho mais bonito. “O preço é cerca de 40% maior que o cobrado pelas convencionais, mas com as vantagens de durarem mais e ter uma variação de cores muito maior”, comentou. Outro alerta é a respeito das árvores de Natal: elas são feitas de material inflamável, uma combinação extremamente perigosa com a utilização das luzinhas. A estrutura é feita de arame, o que agrava o risco de incêndio, já que o material é condutor de eletricidade.

"Desligue as lâmpadas enquanto estiver dormindo, pois elas podem causar incêndio e pegar as pessoas desprevenidas. Além do mais, isso alivia a conta"

Demetrio Venicio Aguiar, engenheiro eletricista da Cemig

A vendedora Sabrina Hauque, de 37 anos, não quis correr o risco de passar aperto em casa. Ao trocar a árvore de Natal neste ano, ela já havia escolhido um modelo, mas foi informada pela atendente de loja sobre a existência de outra feita de material não inflamável e com lâmpadas de LED. “Até paguei um pouco mais, mas não queria correr o risco de ter um curto-circuito e, consequentemente, um acidente em casa, pois já ouvi casos em que, por causa da fiação elétrica, a árvore pegou fogo, o que resultou em um incêndio. Isso é muito sério e perigoso”, afirma. Sabrina ainda contou que, na ocasião, uma senhora que também fazia compras na loja relatou já ter tido a experiência em casa, provocada por falta de cuidado com a iluminação, que não era de LED. A preocupação com incêndios também faz com a vendedora desligue a iluminação no momento em que a família vai dormir. “Além de meu marido ter comprado um filtro de linha para instalar o pisca-pisca, também tiro tudo da tomada, por uma questão de economia, mas também para não corrermos risco”, disse.
Sabrina, com os filhos Nathan e Sophia, diante da nova árvore de Natal: opção por produto não inflamável(foto: Túlio Santos/EM/DA Press)
Sabrina, com os filhos Nathan e Sophia, diante da nova árvore de Natal: opção por produto não inflamável (foto: Túlio Santos/EM/DA Press)

 

A confeiteira Jacqueline Victor, de 51, também decora a casa com enfeites natalinos todos os anos com cuidado. “Gosto muito de presépios e de enfeitar as árvores também. Isso vem de anos e sempre compro algo a mais para enfeitar a casa. É um hábito que vem pela minha família. Minha mãe sempre gostou muito de enfeites, de fazer e enfeitar árvores”, contou ela, que mora no Bairro Buritis, na Região Oeste de BH. Porém, passou a ter mais cuidado depois que sua árvore de Natal pegou fogo, há nove anos. “A nossa árvore tem sempre aquela estrela em cima. Eu tomo muito cuidado porque tenho medo de árvore pegando fogo pois já tive essa experiência. Simplesmente, fechou um curto no pisca-pisca, que soltou uma faísca e aí, em questão de segundos, pegou fogo, porque o material é muito inflamável. A sorte é que estávamos em casa e conseguimos apagá-lo e nada de grave aconteceu”, contou. Por isso, Demetrius destaca a importância de avaliar a condição dos enfeites: “Se tem algo malfeito, você pode provocar a energização da árvore, consequentemente, colocando em risco as pessoas”, comentou. Ele também destaca que a árvore não deve ficar perto de cortinas e tapetes e que as crianças devem ser mantidas a distância dela.


No caso das instalações externas, também é preciso ter cuidado. O engenheiro eletricista aponta que há produtos específicos para esse tipo de instalação. “O material deve ser impermeável e pode ficar na chuva desde que se usem conexões próprias para isso – que não permitem a entrada de água, não comprometendo a segurança de quem está próximo dali. A instalação deve ser feita preferencialmente por um eletricista, porque ele sabe lidar com a possível sobrecarga”, disse. Nunca se deve fazer a instalação nos dias de chuva, mesmo se o equipamento for apropriado e deve-se respeitar a distância mínima de 1,5 metro em relação à rede elétrica. A confeiteira segue todas as recomendações: para a parte de fora da casa, passou a procurar por materiais mais resistentes. “Coloquei um pisca-pisca à prova d’água, com um custo um pouco maior. Ele é R$ 20 a R$ 30 mais caro do que o que eu uso na parte interna da casa”, disse. Porém, na residência atual não há problemas em fazer as ligações porque a parte externa é coberta. “Então, caso respingue água, as tomadas estão totalmente protegidas. Nas outras casas, tínhamos esse problema e aí as ligações eram feitas com extensões”, completa.

No período de fim de ano é também comum o aumento das ligações clandestinas nos equipamentos de decoração externa. Porém, além do perigo que essa prática proporciona a quem mexe na rede, também pode causar danos à vizinhança. Caso os trabalhos de perícia realizados pela empresa confirmem as irregularidades, o titular da conta de luz do imóvel poderá responder criminalmente. Esse tipo de intervenção irregular da rede elétrica é crime previsto no artigo 155 do Código Penal, e prevê pena de um a oito anos de reclusão. O consumidor que for enquadrado nesse artigo também terá a obrigação de ressarcir toda a energia furtada e não faturada em até 36 meses, de forma retroativa.

EXTENSÃO E CONSUMO O especialista ainda destaca que nunca se deve ligar muitos aparelhos em uma mesma tomada, utilizando os adaptadores popularmente conhecidos como “T” ou benjamins. “Esses dispositivos provocam sobrecarga e, consequentemente, o mau funcionamento dos aparelhos, o que pode causar acidentes”, afirma. O especialista em segurança elétrica recomenda a utilização de filtros de linha para reduzir o problema. “Mas, para isso, é preciso que o equipamento tenha um dispositivo interno de proteção contra sobrecarga, que, além de proteger a instalação provisória, possua um interruptor que permita o desligamento da iluminação quando as pessoas forem dormir ou sair de casa, evitando que permaneça ligado e consuma energia elétrica”.

O uso de adaptadores em tomadas de enfeites antigos – muitas vezes incompatíveis com o novo padrão de plugues e tomadas – também deve ser evitado, já que esses dispositivos oferecem os mesmos riscos que “T” ou benjamins. Para evitar gastos excessivos que possam pesar no bolso é importante saber que o consumo de energia elétrica depende de duas principais variáveis: a potência dos equipamentos e o tempo de uso de cada um deles. A geladeira e os pisca-piscas são os maiores vilões desta temporada de festas. “Desligue as lâmpadas enquanto estiver dormindo, pois elas podem causar incêndio e pegar as pessoas desprevenidas. Além do mais, isso alivia a conta”, aponta.

A Cemig também destaca que realizar a manutenção das borrachas da porta, caso necessário, e limpar e fazer o degelo da geladeira periodicamente, como recomenda o fabricante, são medidas que ajudam a diminuir o consumo de energia. Deve-se também evitar guardar objetos quentes dentro da geladeira. A Cemig ressalta que no caso de falhas em instalações elétricas dentro do imóvel um eletricista particular deve ser contatado. Em caso de falhas na rede elétrica externa, basta ligar, imediatamente, para a central de atendimento ao cliente. * Estagiário sob supervisão do editor Roney Garcia

DICAS DE SEGURANÇA

» É fundamental orientar as crianças sobre os perigos da rede elétrica e evitar que elas se aproximem dos enfeites luminosos. Os animais domésticos também devem ficar longe da decoração.
» Para a instalação de lâmpadas decorativas, deve-se respeitar a distância mínima de 1,5 metro em relação à rede elétrica.
» Não instale lâmpadas decorativas utilizando os postes e padrões da Cemig.
» Todos os enfeites devem ser bem fixados, para que o vento não os direcione contra a rede elétrica.
» O conjunto da tomada de energia deve ser desligado durante a substituição das lâmpadas.
» Evite deixar a instalação em área sujeita a chuva ou a alagamentos.
» Proteja os pontos das conexões elétricas e as tomadas adequadamente.
» Siga corretamente as instruções do catálogo do fabricante.
» Dê preferência a lâmpadas de LED. Além de econômicas, não geram aquecimento.

Fonte: Cemig


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