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Estado de Minas

Obra da Via 710 deve ter trecho liberado em dezembro, mas chuvas são ameaça

Com conclusão prevista para dezembro, trabalhos de implantação de pista de acesso entre as regiões Leste e Nordeste da capital chegam à reta final em ritmo acelerado


postado em 10/11/2017 06:00 / atualizado em 15/05/2018 13:19

Trecho da obra entre os bairros União e Santa Inês: o novo trecho terá cinco quilômetros e faz parte de um projeto amplo, com investimento de R$ 71 milhões(foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)
Trecho da obra entre os bairros União e Santa Inês: o novo trecho terá cinco quilômetros e faz parte de um projeto amplo, com investimento de R$ 71 milhões (foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)

Um dos trechos de uma das grandes obras prometidas para a capital mineira ganha gás para entrega ainda no fim deste ano, depois de o trânsito na Avenida José Cândido da Silveira retornar ao tráfego normal desde o início de outubro. Prevista para ficar pronta até dezembro, a Via 710 contará com uma nova pista de cinco quilômetros de extensão, que deve promover o acesso entre as regiões Leste e Nordeste, ligando as avenidas dos Andradas e Cristiano Machado, na altura do Minas Shopping. Trata-se de um projeto complexo, envolvendo diversos fatores, como a desapropriação de imóveis. Com as chuvas de setembro e outubro, os operários ouvidos pelo Estado de Minas contaram que esses fatores podem influenciar na data de entrega.

A Via 710 promete o acesso entre as regiões Leste e Nordeste de Belo Horizonte – mais precisamente entre as avenidas dos Andradas e Cristiano Machado. A nova via deve contemplar a melhoria da mobilidade urbana e do planejamento de sistema de transportes da capital, atendendo às necessidades de deslocamento de moradores que utilizam o transporte coletivo por ônibus. O sistema deve interligar bairros como São Geraldo, Boa Vista, Sagrada Família, Fernão Dias, Santa Inês, Cidade Nova, Palmares, Dom Joaquim, São Marcos, São Paulo e União, interligando as avenidas dos Andradas e Cristiano Machado. De acordo com a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), o projeto contou com investimento de R$ 71 milhões.

Os trabalhos começaram em setembro de 2014, com estimativa inicial de conclusão para o final de 2016. De acordo com a autarquia, o cronograma foi reprogramado em função do andamento dos processos judiciais de desapropriação e remoções, além de adequações de projetos e implantação de sinalização. Até abril deste ano, quando o EM fez a última reportagem sobre o tema, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) precisava da decisão na Justiça de 52 desapropriações de imóveis que travavam o avanço do canteiro de obras, e de mais 47 remoções – também tratadas judicialmente – de famílias que ocupam terrenos no caminho da Via 710. No último balanço, divulgado pela Sudecap na tarde de ontem, o número de desapropriações previstas caiu para 22. Porém, o número de remoções judiciais necessárias aumentou para 49, sendo que 10 imóveis já foram liberados e o restante encontra-se em processo.

“A variação do número de desapropriações decorre de alterações no projeto inicial da obra ou da identificação da necessidade da medida”, pontuou a Sudecap, por meio de nota. No momento, os trabalhos estão concentrados no Bairro União e São Geraldo, na Região Nordeste de BH. Ontem, o EM foi até o canteiro de obras, próximo à Estação Santa Inês do metrô, no bairro de mesmo nome. Operários, que não se identificaram, contaram que as chuvas    recentes dificultam a finalização – que tem previsão de ser concluída até dezembro. “Se tem chuva, não tem trabalho, né? Temos que parar tudo. Isso está atrasando muito. Acho difícil conseguirmos tudo até o mês que vem. Ainda tem muito chão”, afirmou um deles. Entretanto, a autarquia destaca que a finalização é uma prioridade na gestão do prefeito Alexandre Kalil (PHS). “Desde o início, o prefeito determinou a priorização e a intensificação dos trabalhos neste empreendimento”, disse a Sudecap.
(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)

CONTINUIDADE Portanto, o ritmo da obra vem se intensificando. O trânsito na Avenida José Cândido da Silveira, sentido Centro/bairro, retornou ao tráfego normal desde 3 de outubro. A avenida operava com desvios desde março de 2016 em função das obras. A interdição na pista foi necessária para a execução de redes de drenagem e trincheira, pista para caminhada, além da construção de viadutos. Para o segundo semestre de 2018, estão previstas a conclusão do viaduto Bolívar, a ligação da Rua Gustavo da Silveira com a Rua Conceição do Pará, as pistas Leste e Oeste, entre as avenidas José Cândido da Silveira e dos Andradas, além de mais 2,8 quilômetros de ciclovia.

A Sudecap destaca que várias frentes são executadas simultaneamente, como a estrutura do Viaduto Bolívar; terraplenagem, pavimentação e obras complementares (passeio, meio-fio e sarjetas) no trecho compreendido entre a Avenida Itaituba e a Rua Elísio de Brito; implantação de rede de esgoto; tratamento de subleito; pintura dos gradis; plantio de gramas e limpeza da pista Oeste. “Dentre os serviços já concluídos estão a passarela de concreto entre os viadutos; a construção dos viadutos D e E; pavimentação asfáltica; passeio; armação de cortina de contenção; instalação dos gradis; serviços de microdrenagens; contenções para a trincheira de intercessão entre a Via 710 e a Avenida José Cândido da Silveira; alças de acesso e pavimentação sob os viadutos da pista Leste do complexo da Avenida José Cândido da Silveira”, completou.


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