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Estado de Minas

'Ele fez isso por perversidade', diz delegado sobre vigia que ateou fogo em creche

Em coletiva da Polícia Civil, corporação reafirmou que o vigia Damião Soares, de 50 anos, premeditou o crime. Investigações apontam ele não estava sob efeito de surto


postado em 10/10/2017 11:07 / atualizado em 10/10/2017 13:27

(foto: Reprodução internet/Facebook)
(foto: Reprodução internet/Facebook)
"Foi sadismo. Ele fez isso por perversidade. Ele fez para chamar atenção, para chocar. Fez para marcar o seu nome no rol dos canalha do Brasil", relatou o Delegado Regional de Janaúba Bruno Fernandes Barbosa sobre o crime praticado por Damião Soares dos Santos, de 50 anos, na última quinta-feira. Na ocasião, o vigia do Centro Educacional Gente Inocente, em Janaúba, ateou fogo a si mesmo e às crianças e funcionários da creche. Já chega a 9 o número de crianças mortas na tragédia, que também resultou na morte de uma professora e do agressor.

Em coletiva da Polícia Civil, na manhã desta terça-feira, a corporação reafirmou que Damião Soares premeditou o crime – que aconteceu três anos após a morte de seu pai. Segundo Bruno Fernandes Barbosa, o médico legista atestou que no momento do crime Damião não estava sob efeito surto e ele tinha plena capacidade de entender o caráter ilícito de sua conduta.

"Na noite anterior, o autor dormiu na casa da mãe, que fica mais próxima da creche, o que reforça a ideia de que o crime foi planejado. Ele também acumulou uma quantidade razoável de gasolina em casa para incendiar a creche", afirma.  Damião teria espalhado gasolina na creche antes de atear fogo no corpo e nas crianças. 

As investigações apontam que Damião sofria de uma doença mental, o delírio persecutório. Mas, até então, não tinha demonstrado nenhum fator de irritabilidade. "Ele tinha uma personalidade voltada para violência", afirma. Ainda segundo ele, a polícia apurou que essa síndrome fez com que ele tenha optando por morar sozinho, abandonando a sua família: "Isso também fez com que não chamasse a atenção de ninguém", completou.

A Polícia Civil já ouviu 15 pessoas entre vítimas e testemunhas, alem de moradores que ajudaram a salvar as crianças do incêndio. A corporação também investiga da o Munício de Janaúba também responderá pelo fato já que a creche não tinha extintor, sistema anti-fogo e nem alvará do Corpo de Bombeiros. 


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