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Estado de Minas

Sindicato dos Metalúrgicos faz paralisação na Gerdau Ouro Branco

Operários temem pelas condições de segurança na usina. Último acidente ocorreu em 15 de agosto deste ano


postado em 10/10/2017 10:15 / atualizado em 10/10/2017 11:29

(foto: Sindicato dos Metalúrgicos/ divulgação )
(foto: Sindicato dos Metalúrgicos/ divulgação )
Sindicato dos Metalúrgicos de Ouro Branco e Base (Sindob) faz paralisação na manhã desta terça-feira na portaria Leste da Gerdau Ouro Branco, na Região Central de Minas Gerais, para chamar a atenção dos trabalhadores para a questão de segurança.


Morreu na noite desse domingo a quinta vítima da explosão em uma usina da Gerdau em Ouro Branco. O acidente ocorreu em 15 de agosto deste ano. Elicleia Aquino da Silva tinha 34 anos e estava em coma no Hospital Evangélico, em Belo Horizonte, desde o dia do acidente. Foram 56 dias internada.

O presidente do Sindob, Raimundo Nonato Roque de Carvalho, afirmou que o último acidente aumenta a preocupação de trabalhadores. Segundo ele, operários temem pelas condições de segurança na usina desde novembro do ano passado, quando quatro pessoas morreram depois da explosão do gasômetro de um dos altos-fornos.

O intuito é chamar a atenção e pedir para que uma comissão seja criada em conjunto com a equipe da Geradau, trabalhadores e do sindicato. "Nós temos autonomia para criticar determinados pontos que achamos falhos. Nós temos conhecimento para isso", disse.

“Em menos de um ano, temos 10 mortes. Trata-se de um triste recorde mundial em acidentes de trabalho”, ressalta Carvalho. “Estamos denunciando frequentemente a falta de manutenção preventiva na usina. No dia do acidente, entregamos boletim pela manhã aos operários alertando para que tivessem cuidado na área e durante as manutenções, mas não foi o suficiente para evitar a tragédia”, acrescentou o sindicalista.

A Gerdau esclarece que "os equipamentos da Usina Ouro Branco estão em condições adequadas obedecendo aos padrões de segurança estabelecidos na legislação vigente." Por meio de nota, a empresa afirma que a usina possui um estruturado programa de manutenção que contempla atualização contínua das equipes, das práticas e dos procedimentos de manutenção. "Todos os colaboradores e prestadores de serviço usam os equipamentos de proteção individual necessários, todas as rotas seguras são sinalizadas na usina e, diariamente, os procedimentos de segurança são reforçados em todas as áreas e para todas as equipes", conluiu.


QUINTA VÍTIMA Elicleia Aquino da Silva era soldadora da Convaço, empresa que prestava serviços à Gerdau. O acidente aconteceu quando um grupo trabalhava na manutenção da parte inferior da coqueria 2 da usina – um forno em que se produz o coque, derivado de carvão mineral essencial na fabricação do aço. Duas pessoas, um funcionário da empresa e de um integrante de uma empreiteira, morreram na hora. As vítimas foram identificadas como Fernando Alves Peixoto, de 40 anos, e Cristiano Rodrigo Marcelino, de 35. 


Em 3 de agosto, o prestador de serviços da empresa Oil Trade, Sandro Barbosa Gomes, de 38 anos, morreu e, em 10 de setembro, Levindo Costa Carvalho, de 60 anos, também teve a morte constatada. Outras 10 pessoas foram encaminhadas para hospitais de Ouro Branco e de Belo Horizonte. Em 2016, ocorrências na usina em novembro e em dezembro provocaram cinco mortes.

 A Polícia Civil confirmou que investiga os casos. Porém, as apurações seguem em segredo de Justiça. 


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