De acordo com a estudante Gislange Cassimiro da Paixão, de 31 anos, neste momento difícil elas querem prestar solidariedade às famílias e aos profissionais da saúde que estão lidando com o caso tão dramático. "É um momento difícil e viemos deixar uma mensagem de paz", afirmou. O grupo ainda puxou uma oração que recebeu a participação de várias pessoas que passavam pelo hospital. Estudantes levaram balões e cartazes com a #somostodosJanaúba
Mais cedo, a diarista Juelisa Cardoso Santos, de 43 anos, puxou uma corrente de orações pelos mortos e seus familiares. "Vim aqui pedir pelas crianças e pelas mães. Só Deus para confortar numa hora dessas", disse ela, que teve uma consulta médica próximo ao hospital. A diarista afirmou que mora no Bairro Caiçara, na Região Noroeste de Belo Horizonte, e se colocou a disposição para abrigar familiares das vítimas em sua casa durante o período de internação.
Maria Geralda Ferreira, de 60, mora em Belo Horizonte, mas é natural de Janaúba. Emocionada, ela veio em busca de conhecidos para oferecer apoio. "Minha mãe mora lá, sou de lá. Cidade pequena, todo mundo se conhece. Quando acontece uma coisa assim, todo mundo ajuda", afirma. Veja relato:
Chega a oito o número de vítimas mortas na tragédia em Janaúba, no Norte de Minas, provocada pelo vigia Damião Soares dos Santos, do centro infantil Gente Inocente, que ateou fogo em várias crianças, funcionários e ao próprio corpo. No início da tarde desta sexta-feira, as autoridades confirmaram a morte de Yasmin Medeiros Salvino, de 4 anos, e de Cecília Davina Gonçalves Dias, de 4.
A tragédia resultou ainda na morte Luiz David Ferreira, Ana Clara Ferreira da Silva, Ruan Miguel Santos Silva, Juan Pablo Cruz dos Santos, todos de quatro anos, e Renan Nicolas dos Santos Silva, de 6 anos. A professora Helley Abreu Batista, de 43, também morreu. O autor do crime Damião Soares dos Santos, de 50, faleceu no Hospital Regional de Janaúba. O ataque aconteceu na manhã de ontem.