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Estado de Minas

Água usada no combate a incêndio na Ceasa contamina Lagoa da Pampulha

Técnicos da Semad constataram presença de fuligem no Córrego Sarandi e também no lago e monitoram local para confirmar ou não se houve também contaminação por agrotóxicos, já que uma das lojas do galpão que pegou fogo na Ceasa continha os produtos


postado em 08/09/2017 11:53 / atualizado em 08/09/2017 12:00

Técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente estiveram na manhã desta sexta-feira na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, onde constataram a presença de uma mancha de fuligem no lago e também no Córrego Sarandi, que deságua na lagoa. A mancha é resultado da chegada da água usada no combate ao incêndio nas Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas), em Contagem, na Grande BH. A ocorrência teve início por volta das 12h30 de ontem e destruiu todo o pavilhão G1 do mercado atacadista.

O que os funcionários do Núcleo de Emergência Ambiental da secretaria analisam agora é se a água, que escoou pela rede de drenagem da Ceasa e das vias públicas no entorno, também está contaminada por agrotóxicos, já que uma das lojas que ainda pega fogo no local continha os defensivos agrícolas.

“Foi usada uma quantidade muito grande de água no combate. Uma parte evaporou pela própria ação do fogo e calor das chamas e outra parte escoou pela rede de drenagem, chegando ao Córrego Sarandi e, consequentemente, à Lagoa da Pampulha. Essa água estava contaminada e a lagoa hoje apresenta traços de fuligem e pode ainda ter a presença de agrotóxicos”, explica o analista ambiental da Semad, Newton Oliveira.

Segundo ele, não foi confirmada mortandade de peixes no lago, o que é um indicativo positivo, mas ainda é preciso manter o monitoramento para confirmar ou descartar a contaminação pelo produto tóxico. De acordo com a CeasaMinas, o local atingido era um depósito de mercadorias variadas, como artigos de plástico, produtos químicos, defensivos agrícolas, pneus, frutas, bebidas e embalagens. As causas do fogo ainda não foram esclarecidas, mas os proprietários dos galpões informaram dispor de seguro contra incêndio.

Ninguém ficou ferido na ocorrência, mas a coluna de fumaça preta que se elevou do complexo de lojas e galpões pôde ser vista de vários pontos da capital mineira, inclusive do Anel Rodoviário e da BR-356, a quase 15 quilômetros de distância.

Ontem, foi necessário o emprego de 13 viaturas, incluindo caminhões-bomba do Corpo de Bombeiros e 50 militares. Nesta manhã, o trabalho de combate às chamas na loja de agrtóxicos, única ainda em chamas, é feito por 32 bombeiros, com uso de 10 viaturas. A Defesa Civil também está no local e avalia os riscos no galpão.


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