
“Com a quantidade apreendida, seria possível produzir mais de 100 mil comprimidos da droga, o que equivale a milhões de reais”, afirma o chefe da Polícia Federal em Confins, delegado Flávio Braga. Em março, outros 60 mil comprimidos de ecstasy foram apreendidos no aeroporto. A droga foi encontrada com uma passageira, de 29 anos, uma paulista que viajava da Holanda para o Brasil, passando pela Bélgica e Portugal. “O tráfico de drogas sintéticas tem aumentado no Brasil inteiro e em Minas e isso tem aparecido mais nas apreensões. Este é um tipo droga difícil de ser identificada porque, diferentemente de outros entorpecentes, como cocaína, pode ser transportada em pequenas quantidades e ocultadas nas bagagens ou em malotes de correio”, afirma.


CORREIOS No caso de ontem, em que 3,8 mil comprimidos de ecstasy foram apreendidos na capital, a droga foi encontrada em caixas do serviço Sedex, dos Correios, que tinham remetente de São Paulo, mas que a polícia desconfia ser um endereço falso. O acusado preso, Walter Ernesto Goddard Júnior, de 24 anos, é suspeito de agir há um ano. A maior parte da droga foi escondida por ele na casa da namorada, que mora no Bairro Buritis, Região Oeste de BH. Segundo a polícia, a moça estuda em BH, mas não mora na capital e não sabia do envolvimento do rapaz com o tráfico nem da presença da droga na casa dela.

Chefe do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico, o delegado Wagner Pinto reconhece preocupação pelo aumento das apreensões e sustenta que a corporação “tem intensificado o trabalho de investigação e inteligência para chegar aos traficantes.”
