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Estado de Minas

Ex-jogadores de Atlético, América e Cruzeiro visitam escola de BH

Grupo bateu um papo com adolescentes do 6º ano do Colégio Padre Eustáquio sobre sonhos e realidade, dentro do projeto 'Bola na rede'


postado em 09/05/2017 06:00 / atualizado em 09/05/2017 07:35

Somália, Anderson, Giovani, Baiano, Milagres e Humberto Ramos com alunos do Colégio Padre Eustáquio(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A PRESS)
Somália, Anderson, Giovani, Baiano, Milagres e Humberto Ramos com alunos do Colégio Padre Eustáquio (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A PRESS)
O mundo da bola descortinado por quem entende do assunto. Meninos e meninas que desejam correr pelos gramados mundo afora em busca do gol conheceram ontem o outro lado do futebol. O projeto Bola na rede, desenvolvido com os alunos do 6º ano do ensino fundamental do Colégio Padre Eustáquio, no bairro homônimo, na Região Noroeste de Belo Horizonte, levou ex-jogadores do América, Atlético e Cruzeiro para um bate-papo sobre sonhos e realidade.

O evento contou com a participação Geovanni (criado nas categorias de base do Cruzeiro, marcou o gol do título da Copa do Brasil em 2000), do goleiro Milagres (defendeu o América entre 1991 e 2001), Humberto Ramos (do time do Atlético campeão do Brasileiro de 1971), Anderson (ex-Atlético), Somália (campeão Brasileiro da série B pelo América em 1997) e Eugênio Salomão, o Baiano (começou na base do Galo em 1978). A professora de português Fabiane Braga, que coordena o projeto ao lado do professor de educação física Guilherme Bicalho, explica que o objetivo foi o de trabalhar o respeito e como tratar o adversário. “Entender o futebol como entretenimento, lazer, esporte. E não ponte para conflito e mortes. Além de mostrar que não é essa maravilha toda”, afirma.

Geovanni lembrou que o sucesso tem um preço. “Não desista do seu sonho, mas tenha em mente o preço a pagar: de renúncia a algumas coisas importantes na vida, como família e amigos, e até a infância. Talvez aqui desta sala saiam alguns jogadores. Se não der, continuem a estudar para ser médicos, dentistas, engenheiros”, disse. Milagres ressaltou que o plano A de qualquer criança e adolescente deve ser o estudo. “O plano B é o futebol. Dos milhares que querem ser jogadores, a minoria consegue se tornar atleta. É uma profissão muito difícil. O futebol nos abandona cedo. Aos 35 anos somos velho para esse esporte, mas jovem para a vida. Se não ganhou dinheiro suficiente e não tem estudo, o que fará no resto da vida?”, questionou.

As amigas Maria Fernanda Morgado e Larissa Furiatti, ambas de 11, torcem para times diferentes, mas têm em comum a vontade se tornar jogadoras profissionais. A cruzeirense Maria Fernanda acha que a sociedade não dá valor ao futebol feminino na mesma proporção que o masculino. A atleticana Larissa concorda que há muito preconceito ainda. Da palestra aprenderam valores importantes, como o respeito entre os times, na opinião de Larissa. “Achei legal conhecer os jogadores e ver que não há rivalidade entre eles como há entre os torcedores”, completou Maria Fernanda.

O garoto João Pedro Nascimento Barbosa Aguiar, de 11, está no caminho do profissional. Já foi das categorias de base do Cruzeiro, do América, e agora está no Pitangui. “Se não for jogador, quero ser médico. Não deixar de estudar é muito importante”, disse.


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