Um adolescente conhecido nos meios policiais foi o responsável pelo latrocínio – roubo seguido de morte – de Márcio Aurélio Ribeiro de Castro, de 53 anos. O homem foi morto em novembro do ano passado quando aguardava o filho na porte de casa, no Bairro Dona Clara, na Pampulha, para levá-lo a uma festa de formatura. O menor detido, segundo a Polícia Civil, já foi internado sete vezes por cometer outros delitos. As informações sobre as investigações do crime foram passadas em apresentação nesta terça-feira.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima estava na porta da casa da ex-mulher aguardando o filho, um adolescente de 17 anos, para levá-lo a uma formatura. Os criminosos chegaram em um carro e, quando um deles anunciou o assalto, Marcio Aurélio reagiu. Ele levou um tiro no abdômen e foi socorrido por pessoas que passavam no local. A vítima foi encaminhada para Hospital Odilon Behrens, mas deu entrada já sem vida. O carro e os pertences dele não foram levados. O criminoso entrou em um veículo que já o esperava e fugiu.
Os levantamentos apontaram que o autor do disparo é um adolescente de 17 anos. Segundo o delegado, o menor já esteve internado sete vezes por porte ilegal de arma de uso restrito, tráfico de drogas, roubo de veículos e lesão corporal contra uma professora. Diante da inimputabilidade do suspeito, o inquérito foi relatado à Justiça, sugerindo envio à Divisão de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), para a conclusão do caso e identificação do segundo autor, informou Cláudio Freitas Utsch Moreira, delegado responsável pelo caso.
Ainda de acordo com o policiail, testemunhas do crime informaram qual o modelo do veículo usado pelos assaltantes, mas a placa não foi anotada. Posteriormente, a polícia apurou que o carro havia sido roubado no mesmo dia em um posto de gasolina.
O veículo foi recuperado em 1º de dezembro, com placas adulteradas com fita isolante, na entrada de uma favela. "O proprietário desse carro assistiu às imagens do latrocínio e reconheceu o carro usado pelos criminosos em virtude de uma lanterna queimada", informou Cláudio Utsch.
(RG)