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Estado de Minas

Animais silvestres são resgatados em área urbana de Uberlândia, no Triângulo Mineiro

Ouriço-cacheiro foi encontrado em quintal de uma casa. Porém, jiboia estava em cativeiro e um homem foi preso por crime contra meio ambiente


04/03/2017 14:11 - atualizado 04/03/2017 15:43

Ouriço-cacheiro foi resgatados por militares do Corpo de Bombeiros
Ouriço-cacheiro foi resgatados por militares do Corpo de Bombeiros (foto: PMMG/Polícia de Meio Ambiente/Divulgação)

Militares da 9ª Companhia de Meio Ambiente, em Uberlândia, foram mobilizados na manhã deste sábado para o resgate de animais silvestre em áreas urbanas da cidade, que fica no Triângulo Mineiro, a 557 quilômetros da capital.

A primeira ocorrência foi no Bairro Nossa Senhora das Graças, Zona Norte de Uberlândia. Um ouriço-cacheiro (porco espinho) foi encontrado no quintal de um imóvel. O Corpo de Bombeiros foi chamado e recolheu o animal silvestre que foi deixado na sede da Polícia de Meio Ambiente.


“Este animal tem corpo coberto por espinhos e, por ser de pequeno porte, para se mostrar maior quando se sente acuado ou em perigo arrepia seus espinhos. Daí, as pessoas pensam que ele vai lançar os espinhos, porém isso não ocorre. Mesmo assim, na maioria das vezes, por esta crendice, ele acaba sendo morto”, destacou o sargento Eduardo Venâncio, da 9ª Cia.

Ainda, de acordo com o militar, na zona rural é muito comum o cão aparecer com boca cheia de espinhos e ser alegado que o ouriço o atacou. “Na verdade, o cão tenta morder o animal e os espinhos se soltam.
Os policiais avaliaram o ouriço cacheiro resgatado e não foram constatados ferimentos. Com boa saúde e bem ativo, ele será solto em seu habitat, numa reserva de cerrado a 15 quilômetros de Uberlândia, onde terá água, abrigo e alimento em abundância, minimizando as chances de migrar novamente para o centro urbano.

Jiboia era mantida em cativeiro


A outra ocorrência de resgate de animal silvestre, foi de uma jiboia, mantida em cativeiro, num bairro da Zona Sul de Uberlândia. Por meio de denúncia anônima, os militares da Polícia de Meio Ambiente foram alertados sobre a irregularidade, já que espécimes da fauna brasileira só podem ser criadas fora de seus habitat com licenciamento das autoridades e em condições adequada.

A serpente, apreendida pelos policiais, estava em uma gaiola nos fundos de um imóvel.  Um morador, de 59 anos, ao ser abordado pelos PMs, confirmou que mantinha o animal em cativeiro. O local, de acordo com a polícia, não apresentava condições adequadas.

“A jiboia estava encarcerada em gaiola disposta no chão, em local sem higiene, com resto de comida, legumes e verduras e juntos com animais exóticos (preás, também conhecido como porquinho da índia)”, explicou Venâncio. O autor foi questionado sobre onde capturou o animal e relatou aos militares que achou a serpente em um terreno baldio, próximo à sua casa, há cerca de quatro meses.

Segundo os policiais, o homem, ao ser peguntado se sabia da ilegalidade de ter levado a serpente para sua casa, admitiu que tinha conhecimento, mas decidiu assumir o risco de ficar com a jiboia para ter como animal de estimação.

Preso por crime contra o meio ambiente

Serpente estava acondicionada de forma inadequada em gaiola
Serpente estava acondicionada de forma inadequada em gaiola (foto: PMMG/Polícia de Meio Ambiente/Divulgação)

Ele então foi preso em flagrante pelos crimes de caça e maus-tratos de animais da fauna silvestre, conforme previsto nos artigos 29 e 32 da Lei Federal 9605/98 (lei dos crimes ambientais).

O acusado foi então levado para o plantão da Polícia Civil. A jiboia foi encaminhada ao setor de animais silvestres da Universidade Federal de Uberlândia, para avaliação e exames, pois estava em cativeiro em condições inadequadas, com risco de contrair doenças.

Este ano, já foram resgatadas em Uberlândia quatro serpentes dessa espécime. Para o sargento Eduardo Venâncio, a inciativa das pessoas alertando sobre a presença dos animais silvestres em área urbana, ou denunciando os cativeiros ilegais desses espécimes, demonstra o nível de conscientização popular em relação à preservação ambiental.

“O aparecimento frequente desses animais silvestres nas áreas centrais das cidades, reforça a ideia de que a expansão urbana e das fronteiras agrícolas, reduzem o habitat de nossa fauna, e assim ele migram em busca de alimento, água e abrigo. Porém, vários são mortos, atropelados, atacados por cães ou mesmo pessoas desinformadas”, assinalou o sargento.


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